Comparação das abordagens clássica transversal no eixo curto e longitudinal oblíqua no eixo longo sem seringa para cateterização de veia jugular interna guiada por ultrassom

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-06

RESUMO

Resumo Justificativa e objetivos: Há diferentes posições do probe do ultrasom que são utilizadas para a colocação de cateter em veia jugular interna. Além disso, a aproximação da agulha no plano ou fora do plano pode ser usada para o cateterismo. A abordagem transversal clássica no eixo curto é a abordagem mais popular na literatura. Sem seringa é uma nova técnica descrita, realizada com a abordagem oblíqua no eixo longo. Nosso objetivo foi comparar o desempenho dessas duas abordagens. Métodos: Este foi um estudo prospectivo e randômico. No total, 80 pacientes foram incluídos no estudo e divididos em dois grupos denominados Grupo C (abordagem transversal clássica no eixo curto) e Grupo SF (abordagem sem seringa oblíqua no eixo longo) por meio de randomização gerada por computador. O desfecho primário foi o tempo médio para a visibilização do fio-guia na veia jugular interna (tempo de execução). Os desfechos secundários foram o número de passagens da agulha, o número de punções da pele e as complicações entre os dois grupos. Resultados: Os dados demográficos e hemodinâmicos não foram significativamente diferentes. O tempo médio de execução foi de 54,9 ± 19,1 segundos no Grupo C e 43,9 ± 15,8 segundos no Grupo SF. Diferenças significativas foram observadas entre os grupos (p = 0,006). O número médio de passagens da agulha foi de 3,2 (± 2,1) no Grupo C e 2,1 (± 1,6) no Grupo SF. Houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos (p = 0,002). O número de punções da pele foi de 1,6 (± 0,8) no Grupo C e 1,2 (± 0,5) C no Grupo SF (p = 0,027). Conclusão: A técnica sem seringa apresentou tempo de execução, número de passagens da agulha e número de punções da pele menores. Além disso, essa técnica permite acompanhar o progresso do fio-guia com visibilização ecográfica contínua e o procedimento não precisa de auxílio durante a inserção do cateter. Ou seja, sem seringa é uma técnica eficaz, segura e rápida que pode ser usada para a colocação de cateter em veia jugular interna.

ASSUNTO(S)

cateter venoso central eixo curto transversal eixo longo oblíquo veia jugular interna

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