Comparação da circulação obtida através da trajetória de uma bóia de deriva rastreada por satélite e de dados hidrográficos no Estreito de Bransfield / Comparison of circulation obtained through the trajectory of a drifting buoy tracked by satellite and hydrographic data in the Bransfield Strait
AUTOR(ES)
Carlos Leandro Silva Júnior
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/02/1989
RESUMO
Uma bóia oceanográfica de deriva desenvolvida pelo INPE e posicionada pelo Sistema ARGOS, através da utilização dos satélites NOAA-6 e NOAA-9 foi lançada no dia 10 de março de 1986, no Estreito de Bransfield na posição 63°07, 13 S, 60°07, 90 W. A bóia de deriva permaneceu na área até o dia 14 de março de 1986, quando foi recolhida pelo Navio de Apoio Oceanografo "Barão de Teffé". Simultaneamente ao lançamento e rastreamento deste derivador Lagrangeano, uma rede de estações hidrográficas foi completada. O objetivo desta tese é descrever a circulação oceânica na camada superficial do Estreito de Bransfield, fazendo uso da trajetória de uma bóia de deriva e das estimativas de correntes geostróficas e de Ekman. A trajetória da bóia foi dividida em 4 partes, baseadas em diferenças óbvias apresentadas ao longo desta trajetória. Os dados hidrográficos foram usados para determinar as correntes geostróficas à superfície e a 10m de profundidade, referentes aos níveis isobáricos de 500 e 1000dbar. As correntes produzidas somente pelo vento para a superfície e 10m também foram calculadas; estas correntes foram obtidas usando os dados de vento coletados a bordo do navio. A velocidade média de corrente medida pelo deslocamento da bóia foi 4 vezes maior que a velocidade de corrente geostrófica e 6,7 vezes maior que a velocidade media das correntes produzidas somente pelo vento. A melhor concordância foi encontrada entre a trajetória do derivador e a corrente geostrófica. O movimento da bóia de deriva sugere a presença de uma frente anteriormente não identificada, localizada nas proximidades sudeste da ilha de Decepção. Esta nova frente foi confirmada pelas seções hidrográficas. Este estudo mostra que a bóia de deriva (Sistema ARGOS) é um instrumento do sensoriamento remoto moderno, que faz uso da poderosa tecnologia da era espacial para a detecção e monitoreamento de frentes de superfície, ou para descrever a circulação oceânica da camada de superficie em mesoescala, em tempo e espaço.
ASSUNTO(S)
oceanografia estreito de bransfield antártica (região) bóias oceanográfica bóias de deriva hidrologia mesoescala estreito sistema argos satélites noaa medida de trajetoria noaa 9 imagens noaa circulação oceânica satélites metereológicos buoys hydrography mesoscale straits trajectory measurements argos system noaa satellites oceanography
ACESSO AO ARTIGO
http://urlib.net/sid.inpe.br/iris@1912/2005/07.19.09.08Documentos Relacionados
- Análise da circulação superficial oceânica na costa Sudeste-Sul do Brasil, a partir da utilização dos dados de derivadores rastreados por satélites
- Surface oceanic circulation along the S-SE coast of Brazil, obtained by satellite tracked drifters
- Análise da trajetória e da circulação de sistemas precipitantes
- Surface oceanic circulation along the S-SE coast of Brazil, obtanined by satellite tracked drifters
- Estrutura e variabilidade interanual das massas de água no Estreito de Bransfield (Antártica) durante os verões austrais de 2003 e 2004