Como vai a educação gerontológica nas escolas públicas do Distrito Federal?: um estudo com idosos e jovens

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O presente artigo é fruto de uma pesquisa de campo quali-quantitativa que embasou uma dissertação de mestrado. A pesquisa buscou conhecer a opinião de alunos de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio do Distrito Federal (DF) e de idosos da mesma comunidade a respeito do envelhecimento e sua correlação com a existência ou não de preconceitos. Buscamos averiguar se um grupo de escolas desenvolve algumas ações voltadas à formação de hábitos, valores e atitudes direcionadas à superação de preconceitos e à aproximação entre as gerações (intergeracionalidade). Os dados foram coletados por meio de três instrumentos: 1) aplicação de um questionário sócio-demográfico e da Escala para Avaliação de Atitudes em Relação ao Idoso validada por Neri; 2) avaliação de oito propostas pedagógicas de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio do DF, que nos permitiram conhecer a dinâmica do contexto pesquisado; e 3) realização de 18 entrevistas, sendo cinco com jovens das escolas, oito com diretores (cujas propostas pedagógicas foram analisadas), e cinco com idosos (residentes na área central de Brasília). Diante dos resultados do presente estudo, podemos afirmar que predominaram atitudes mais positivas do que negativas em ambos os grupos. Não obstante, ao confrontá-los com as entrevistas, percebemos que os entrevistados responderam a questões similares às apresentadas na Escala Neri de forma mais negativa. Inferimos que este fato se deva à existência de preconceito implícito em relação ao idoso e à velhice. Outra constatação importante é a inexistência de atividades voltadas aos idosos, e/ou a aproximação destes com outras gerações nas escolas pesquisadas. Os dados obtidos com esta pesquisa sugerem que a educação gerontológica deve fazer parte do currículo escolar, visando a aproximar gerações e superar possíveis preconceitos, possibilitando a troca de experiências e a melhoria da qualidade de vida de todos.

ASSUNTO(S)

envelhecimento educação geriatria qualidade de vida ensino fundamental e médio encontros intergeracionais atitudes

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