Como tratar o hipertireoidismo na gestante?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Minas Gerais - NUTEL

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Os diagnósticos diferenciais em pacientes gestantes com tireotoxicose devem incluir Doença de Graves e hipertireoidismo gestacional¹

². O quadro clínico (bócio, oftalmopatia), história prévia de tireotoxicose e o TRAb positivo favorecem o diagnóstico de Graves (Nível B).

Deve ser desaconselhada a gestação em mulheres com Doença de Graves que ainda não alcançou o eutireoidismo (Nível D), sendo recomendado o uso de anticoncepcionais¹.

No primeiro trimestre de gestação, as recomendações atuais³ sugerem o uso de propiltiouracil (PTU) para o tratamento do hipertireoidismo (Nível C), com posterior substituição pelo metimazol. Isso devido à embriopatia associada ao metimazol e a maior hepatotoxidade do PTU.

Na literatura, a dose inicial varia de 50 a 450 mg/dia de PTU (em 3 tomadas diárias) e 5 a 20 mg/dia de metimazol (dose única). Na prática clínica, as doses utilizadas tendem a serem maiores na tentativa de normalizar mais rapidamente o quadro e evitar os efeitos nocivos ao feto do hipertireoidismo.

A terapia com radioiodo é contraindicada¹ (nível D) e a tireoidectomia raramente indicada¹ (nível C).

A tireotoxicose gestacional geralmente não requer um tratamento específico, apenas uma terapia transitória com betabloqueadores por período normalmente inferior a 2 meses (Nível B)².

A dosagem de TRAb obtida entre a 20ª e 24ª semana de gestão é recomendada, como preditor de hipertireoidismo fetal (Nível D).¹

Nestas situações, é aconselhado que o médico da APS acompanhe conjuntamente com o especialista focal

ASSUNTO(S)

apoio ao tratamento médico t85 hipertireoidismo/tireotoxicose complicações na gravidez hipertireoidismo tireotoxicose c - relatos de casos estudos não controlados

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