Como o agente comunitário de saúde pode abordar a sexualidade na adolescência?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde NUTES PE

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

O Agente Comunitário de Saúde (ACS) pode abordar esses temas através de grupos de educação em saúde, nos quais os adolescentes podem produzir materiais educativos como cartazes e utilizar vídeos educativos que o Ministério da Saúde disponibiliza para que os jovens tenham consciência de que a atividade sexual, seja ela cedo/precoce ou tarde, deve ser precedida de informações necessárias para uma vida sexual saudável, livre de doenças e de problemas

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Para promover a saúde sexual e a saúde reprodutiva dos adolescentes e jovens é fundamental a realização de ações educativas que tenham como princípio a igualdade entre homens e mulheres, incentivo ao respeito mútuo nas relações e que sejam rejeitadas todas as formas de violência e atitudes discriminatórias – abuso sexual, agressões físicas, relação sexual não concedida, discriminação contra homossexuais, ridicularização dos que não sejam sexualmente ativos, dano à imagem pública, entre outras

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Além disso, é importante fornecer informações utilizando uma linguagem simples, acessível e objetiva sobre sexualidade, disponibilidade de métodos anticoncepcionais, planejamento reprodutivo, gravidez e a importância do pré-natal, proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e realização do preventivo de câncer do colo uterino após o início da vida sexual. Essas atividades podem ser realizadas em diversos espaços comunitários (escolas, clubes, associações, quadra da comunidade)

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Na fase da adolescência, muitos questionamentos são aflorados em relação às transformações do corpo, à vivência das primeiras experiências sexuais e à identidade sexual. A sexualidade não está restrita ao ato sexual, ela envolve desejos e práticas relacionados à satisfação, ao prazer, à afetividade e autoestima. É importante para todas as pessoas e, especialmente para os adolescentes e jovens, conhecer o funcionamento do seu corpo

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Diante disso, há necessidade de orientar os adolescentes com informações objetivas e claras sobre as transformações que ocorrem no corpo, a curiosidade sexual, as sensações sexuais, o tamanho dos órgãos genitais, a diversidade sexual, o ato sexual propriamente dito e suas consequências. Enfatizar que o ato sexual é de caráter íntimo e privado e que, portanto, a pressão social não deve ser seu desencadeante. Os parceiros têm que estar de acordo quanto às práticas e, portanto, prontos para assumir suas responsabilidades

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1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do agente comunitário de saúde. Brasília: Ministério da Saúde. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 2009:260p.: il. Disponível em:

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017:234 p.: il. Disponível em:

3. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2004.

4. Song EY, Pruitt BE, McNamara J, Colwell B. A meta-analysis examining effects of school sexuality education programs on adolescents’ sexual knowledge, 1960-1997. J Sch Health. 2000 Dec;70(10):413-6. Disponível em:

ASSUNTO(S)

saúde do jovem e adolescente agente comunitário de saúde a45 educação em saúde/aconselhamento/dieta educação sexual serviços de saúde do adolescente

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