Como identificar eventos adversos pós-vacinais em crianças?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde NUTES PE

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Essa diferenciação é difícil de se estabelecer, no entanto, os sinais e sintomas, bem como o estado imunológico do paciente pode ser valioso para a vigilância dos eventos pós-vacinais.

De acordo com o Ministério da Saúde, evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológicos (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou um achado laboratorial anormal . Os eventos adversos que podem ser imputados às vacinações são apenas uma fração dos que ocorrem após as vacinações.

Os eventos adversos podem ser inesperados ou esperados, tendo em vista a natureza e características do Imunobiológicos, bem como o conhecimento já disponível pela experiência acumulada. Entre os eventos esperados, podemos ter eventos relativamente triviais, como febre, dor e edema local, ou eventos mais graves, como convulsões febris, episódio hipotônico-hiporresponsivo, anafilaxia etc. Eventos inesperados são aqueles não identificados anteriormente, às vezes com vacinas de uso recente, como ocorreu com a vacina rotavírus rhesus/humana (invaginação intestinal), ou mesmo com vacinas de uso mais antigo, como por exemplo, visceralização e falência múltipla de órgãos, observada muito raramente após a vacina febre amarela.

São ainda eventos inesperados aqueles decorrentes de problemas ligados à qualidade do produto, como por exemplo, contaminação de lotes provocando abscessos locais, ou teor indevido de endotoxina em certas vacinas, levando a reações febris e sintomatologia semelhante à sépsis. A grande maioria deles é local e/ou sistêmica e de baixa gravidade. Por essa razão as ações de vigilância são voltadas para os eventos moderados e graves. Apenas em situações raras e particulares, o óbito pode ser decorrente da vacinação.

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 3. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em:

ASSUNTO(S)

saúde da criança técnico de enfermagem a44 vacinação/medicação preventiva efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos saúde da criança enfermeria

Documentos Relacionados