Coleções de aranhas, redes científicas e política: a teia da vida de Cândido de Mello Leitão (1886-1948)
AUTOR(ES)
Duarte, Regina Horta
FONTE
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-08
RESUMO
Cândido de Mello Leitão (1886-1948) iniciou sua carreira como médico pediatra. Sua extrema dedicação ao estudo das aranhas o tornou um dos maiores aracnólogos de seu tempo, amplamente reconhecido por seus pares. Este artigo analisa alguns aspectos de sua trajetória profissional norteado pela seguinte pergunta: como um biólogo se formava na primeira metade do século XX no Brasil, época em que inexistiam cursos específicos de ciências biológicas e a profissão não era oficialmente reconhecida? Os resultados da pesquisa - realizada em livros, jornais e documentos pessoais de Mello Leitão - mostram como essa especialização surgiu no entrecruzamento entre as experiências práticas vividas em várias instituições científicas, as relações de colaboração nacionais e internacionais e o devir das condições sociais e históricas. Estudioso de aranhas, Mello Leitão era realmente grande conhecedor de redes, e foi nelas que se formou. No seio dessas relações pessoais e institucionais, construiu e divulgou conhecimentos, projetou papéis para si e seus colegas, para as diversas instituições nas quais atuou e para a biologia que praticou.
ASSUNTO(S)
história da biologia aracnologia cândido de mello leitão cooperação científica museu nacional do rio de janeiro academia brasileira de ciências
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