Colchicina para Redução de Fibrilação Atrial em Pós-Operatório de Revascularização Miocárdica

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/05/2016

RESUMO

Resumo Fundamento: A alta prevalência de fibrilação atrial (FA) no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica ocasiona maior morbidade e mortalidade. Objetivos: Avaliar a eficácia da colchicina como profilaxia para FA no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica, o impacto da FA sobre o tempo de internação hospitalar e óbito e identificar fatores de risco para o seu aparecimento. Métodos: Entre maio de 2012 e novembro de 2013, 140 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica foram randomizados, 69 no grupo controle e 71 no grupo colchicina. A colchicina foi utilizada na dose de 1 mg via oral, duas vezes ao dia, no pré-operatório, e 0,5 mg, duas vezes ao dia, até a alta hospitalar. Dose única de 1 mg foi administrada aos internados 12 horas ou menos antes da cirurgia. Resultados: O desfecho primário foi a taxa de FA no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica. Os pacientes do grupo colchicina não apresentaram redução na incidência de FA em comparação aos do grupo controle (7,0% versus 13,0%, respectivamente; p = 0,271). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação à taxa de óbito por qualquer causa (5,6% versus 10,1%; p = 0,363) e ao tempo de internação (14,5 ± 11,5 versus 13,3 ± 9,4 dias; p = 0,490). Porém, o grupo colchicina apresentou maior taxa de infecção (26,8% versus 8,7%; p = 0,007). Conclusões: O uso da colchicina para profilaxia da FA no pós-operatório de revascularização miocárdica não se mostrou eficaz neste estudo. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos número RBR-556dhr.

ASSUNTO(S)

colchicina/uso terapêutico fibrilação atrial/mortalidade revascularização miocárdica período pós operatório

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