Código de ética para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais revela conteúdos relacionados à autonomia do profissional

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

Apesar de já existir código mais recente, estudo que revele os conteúdos do antigo pode contribuir para melhor compreensão do papel social do fisioterapeuta. Assim, este estudo procurou verificar as proporções de enfoques deontológicos e bioéticos presentes no código, identificando predomínios de conteúdos para subsidiar interpretações deste documento. Utilizou-se análise textual e interpretativa do código comparando-o com dois conjuntos de textos. O primeiro apresentava referencial teórico deontológico e o segundo referencial bioético. Para o código de ética e para cada conjunto de textos foram identificadas unidades textuais em categorias de enfoques bioético (principialismo) e/ou deontológico (técnica e virtude). Para conteúdos textuais do código de ética e para os dois respectivos conjuntos de textos identificou-se 54,4, 55,7 e 57,7% de unidades com enfoque deontológico nos seus conteúdos. No código de ética, para as unidades de enfoque bioético, considerando unidades de autonomia separadas entre profissional e cliente, observou-se razão de 2,15:1 (profissional:cliente). Esta razão foi menor que a observada nos textos de referencial deontológico (5,07:1 - profissional:cliente) e inversa à razão de 1,32:1 (cliente:profissional) dos textos de referencial bioético. Conclui-se que o predomínio de conteúdos, tanto no código de ética quanto nos textos deontológicos, mostraram concepções corporativistas e legalistas, prevalecendo uma visão de autonomia profissional. Esta característica divergiu dos textos com referencial teórico bioéticos em que se constatou predominância de valor para autonomia focada no cliente.

ASSUNTO(S)

Ética teoria Ética aspectos técnicos fisioterapia

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