Co-infecção pelo vírus da hepatite G em pacientes infectados pelo Leihsmania chagasi

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

No Brasil, a Leishmania chagasi é a espécie que causa a leishmaniose visceral (LV). A Leishmania tem a capacidade de causar um estado de parasitismo intracelular nos macrófagos. A destruição dos parasitas, tanto no início da infecção, como na fase tardia, depende da ativação de macrófagos por citocinas. Leishmania evade da resposta imunológica do hospedeiro e sobrevive sem o macrófago durante a doença. A infecção por Leishmania chagasi pode induzir hepatites, independente da co-infecção com vírus de hepatites (A-E). A infecção por GBV-C está sendo associada com proteção à progressão da doença, e aumento da sobrevivência em indivíduos HIV-1 soro positivos. Neste estudo, objetivou-se avaliar se a infecção subclínica por Leishmania Chagasi depende da modulação de outros patógenos dentre eles o vírus da hepatite G. Um total de 322 indivíduos, residentes em áreas endêmicas para LV e um total de 82 pacientes de banco de sangue participaram deste estudo. Usando a técnica de RT-PCR seguida do sequenciamento do fragmento da PCR da região 5 NTR e submetendo-se os dados obtidos a um banco de genes (BLAST) para uma análise comparativa de seqüências do Genebank obteve-se uma identidade de 98% do clone GBV1 com o isolado 34,5 da hepatite G vírus, 5-UTR, parcial seqüência (AF489995. 1). Dentre os fenótipos avaliados, DTH+, DTH-, e LV constatou-se uma maior prevalência do fenótipo DTH+ nos indivíduos GBV-C positivos se comparados com DTH- e LV( DTH+ 57%, DTH- 10%,LV 33%).Um subgrupo de 4 indivíduos de fenótipo LV e positivos para GBV-C no ano de 1996 foi submetido a novas coletas em 2004. Análises bioquímicas de enzimas,AST,ALT , YGT,LDH, Fosfatasse Alcalina e bilirrubinas foram realizadas, bem como, dosagens de marcadores de outras hepatites.Constatou-se que as dosagens bioquímicas não sofreram alterações significativas e que os pacientes positivos no ano de 1996 para GBV-C; no ano de 2004 apresentaram HVAG positivo, com marcadores negativos, para hepatite B e C. Sugerimos uma possível interação do vírus da hepatite G com pacientes do fenótipo LV e DTH+, com possível ativação da resposta imune celular

ASSUNTO(S)

leishmaniose visceral hiv bioquimica gbv-c co-infecção

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