Co-evolução entre raças fisiológicas de colletotrichum lindemuthianum e feijoeiro

AUTOR(ES)
FONTE

Bragantia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O agente causal da antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) em feijoeiro comum é classificado, assim como seu hospedeiro, em Andino e Mesoamericano, sendo a resposta à infecção dependente da origem genética de um e de outro. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar 220 acessos do Banco de Germoplasma de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) do Instituto Agronômico, IAC, quanto à infecção por três raças fisiológicas do patógeno (31, 65 e 89), caracterizando uma possível co-evolução entre a origem do acesso e do patógeno. No estudo, foram utilizados 120 acessos de origem mesoamericana, 57 andinos e 43 cultivares geneticamente melhoradas. Além dos dados relacionados à infecção, foram avaliados 23 descritores morfo-agronômicos com finalidade de melhor caracterizar os acessos em relação aos seus respectivos centros de origem. As análises estatísticas foram baseadas em componentes principais a fim de exibir graficamente a variabilidade em função da origem do patógeno e dos acessos. Dentre os acessos mesoamericanos, 50% foram suscetíveis às três raças, enquanto nos andinos apenas 33% foram suscetíveis. Entre as cultivares geneticamente melhoradas, 79% foram resistentes a pelo menos uma das raças, provavelmente devido a seleções para resistência ao C. lindemuthianum. Nos gráficos da análise de componentes principais, a maioria dos acessos resistentes foi agrupada na região de dispersão dos acessos andinos. Os resultados permitiram estabelecer uma associação entre a origem do feijoeiro e do patógeno da antracnose, ajudando assim no conhecimento biológico da reação dos acessos ao C. lindemuthianum e orientando a escolha de genitores para realização de cruzamentos visando à resistência a essa doença.

ASSUNTO(S)

phaseolus vulgaris feijão antracnose componentes principais resistência

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