Clonagem and expression of protein EGFP in the region intergenic E/NS1 of cepa vaccine 17D of the virus of the Yellow Fever. / Clonagem e expressão da proteína EGFP na região intergênica E/NS1 da cepa vacinal 17D do vírus da Febre Amarela.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O vírus da Febre Amarela (FA) é o membro protótipo do gênero Flavivírus. Para estes, a única vacina de vírus atenuado, disponível e licenciada até o momento é a da Febre Amarela, que é composta pelo vírus vacinal da cepa 17D. Este projeto tem como objetivo geral o estabelecimento de uma nova estratégia de expressão de proteínas heterólogas na região intergênica E/NS1 e, como objetivos específicos, a construção de dois diferentes vírus FA recombinantes expressando EGFP e a caracterização dos vírus recombinantes quanto às suas propriedades biológicas e de estabilidade genética. Esta abordagem baseou-se nos motivos funcionais e na seqüência de aminoácidos conservados flanqueadores da região intergênica E e NS1 , os quais foram duplicados e fusionados ao gene heterólogo permitindo, desta forma, o correto processamento da poliproteína precursora viral. A região intergênica E/NS1 foi testada quanto à tolerância da inserção e expressão da proteína no vírus recombinante, por meio de duas construções utilizando o gene repórter EGFP (Enhanced Green Fluorescent Protein) de Aequoria victoria, o qual tem como produto uma proteína de 238 aminoácidos. Nos dois diferentes vírus FA recombinantes expressando EGFP, o gene heterólogo foi fusionado a uma seqüência correspondente aos 27 nucleotídeos 5- terminais do gene da proteína NS1 e, no seu C-terminal, aos domínios haste e âncora, completos ou parciais. Desse modo, a presente dissertação descreve a construção dos vírus expressando EGFP de Aequoria victoria na região intergênica E/NS1 do genoma viral FA, a determinação das suas propriedades de crescimento em monocamadas celulares (cinética de crescimento viral e fenótipo de placa de lise) e a estabilidade genética das amostras virais após passagens seriadas em monocamadas celulares através da análise das placas de lise, RTPCR e Citometria de Fluxo. A regeneração dos vírus recombinantes foi bem sucedida e a expressão e estabilidade da proteína confirmada através da detecção de fluorescência e análise do fenótipo de placa, indicando que a inserção do gene não influencia consideravelmente a viabilidade viral. A caracterização biológica de cinética de crescimento viral dos vírus recombinantes apontou no sentido de que as modificações genéticas introduzidas no genoma FA não acarretaram em um grande comprometimento da estrutura e função viral. Estes resultados são importantes pois, até o momento, não se conseguiu expressar estavelmente no genoma de flavivírus proteínas exógenas, devido à instabilidade genética destas inserções, que são deletadas do genoma viral.

ASSUNTO(S)

febre amarela dna intergenic yellow fever vaccine vacina contra febre amarela flavivirus yellow fever dna intergênico flavivirus biofisica celular

Documentos Relacionados