Clima e fenologia de cultivares de pessegueiro (Prunus persica) na região do Alto e Médio Vale do Uruguaí, RS / Climate and phenology of peach (Prunus persica) in the region of the high and middle valley of Uruguai

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O consumo de pêssego se expandiu no Brasil durante a última década. A Região do Alto e Médio Vale do Uruguai, RS, apresenta características potencialmente favoráveis ao cultivo do pessegueiro. Ao avaliar a adaptação de uma cultivar de pessegueiro a uma região, é necessário conhecer o clima e a fenologia das plantas, relacionando-a com horas de frio (HF) para saída da endodormência e com graus-dia (GD) para o seu desenvolvimento. O entendimento das relações entre fenologia e meteorologia contribui para melhorar o manejo da cultura. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o clima regional e determinar o comportamento do pessegueiro nas condições meteorológicas locais. Para a caracterização climática, sistematizaram-se dados de Iraí, RS e, a partir de uma imagem de altitudes e equações derivadas, produziram-se imagens usando o programa IDRISI. Foram observadas fenologia, fenometria e qualidade de fruto nos anos de 2000 a 2003 e 2005 a 2007, de 18 cultivares. Determinaram-se início e fim de brotação, floração, crescimento e maturação; diâmetro de fruto, firmeza de polpa, sólidos solúveis e acidez titulável. Os dados meteorológicos de precipitação pluvial (PP) foram medidos no local do experimento e os de temperatura do ar, HF (<7, 10, 12 e 15ºC) e GD foram estimados de Iraí e Santo Augusto, RS. Climaticamente a precipitação pluvial mensal variou de 132 a 195mm, com média anual de 1850mm e nas imagens, as HF (<7ºC) variaram entre 94 a 426, com média de 277; o risco de geada foi de 20 a 37%. Para floração, as cultivares Precocinho e Fla foram precoces e as Pilz e Coral e Eldorado, tardias. Nos anos de fenologia, as HF anuais variaram de 156 a 389 (<7ºC) e de 1293 a 1727 (<15ºC). Pela fenologia, determinaram-se às HF e os GD necessários das cultivares. Houve relação positiva entre HF e tempo para brotar e florescer, demonstrando que após sair da endodormência a planta necessita GD para entrar na fase vegetativa. A relação entre nº de dias com PP e duração da floração foi positiva, sugerindo que dias nublados alongam e dias com brilho solar encurtam o período.

ASSUNTO(S)

médio alto uruguai, região (rs) pessego fenologia meteorologia

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