Classificações de evitabilidade dos óbitos infantis: diferentes métodos, diferentes repercussões?

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2017

RESUMO

Resumo: O objetivo foi comparar a evitabilidade dos óbitos infantis e analisar os grupos de redutibilidade segundo os métodos de classificação. Estudo descritivo comparativo, realizado entre 2006 e 2013, no Espírito Santo, Brasil, por meio da classificação de 5.316 óbitos infantis, de acordo com cinco métodos de evitabilidade diferentes. Os métodos International Colaborative Effort on Infant Mortality (ICE) e a Fundação SEADE foram capazes de classificar a maior quantidade de óbitos em evitáveis e não evitáveis, respectivamente, 94,6% e 94,4%. Ressalta-se que a maioria das mortes foi em consequência de falhas na atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério, independentemente do método de evitabilidade aplicado. Além disso, observou-se considerável número de óbitos ocorridos por causas “mal definidas” em todos os métodos, sugerindo a dificuldade de acesso ou assistência precária dos serviços de saúde. Nota-se que o emprego dos métodos de evitabilidade consiste em um importante instrumento para o diagnóstico das falhas de desempenho dos serviços de saúde e a orientação de medidas para reduzir os óbitos infantis evitáveis. Portanto, o fortalecimento da assistência materno-infantil, o investimento em treinamentos e a capacitação dos profissionais de saúde configuram-se como foco prioritário para o avanço de políticas públicas direcionadas à redução da mortalidade infantil.

ASSUNTO(S)

saúde materno-infantil mortalidade infantil causas de morte

Documentos Relacionados