Classificação de crises epilépticas de crianças com base na descrição clínica dos pais ou responsáveis

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar com que frequência a descrição das manifestações epilépticas observadas pelos pais ou responsáveis por crianças com epilepsia permitem a classificação clínica das crises epilépticas(CE). Foram selecionadas 112 crianças com CE recorrentes e espontâneas. O estudo foi dividido em duas partes. Na Parte I avaliamos a idade na primeira crise, modo de início, semiologia pré-ictal, ictal e pós-ictal. Na Parte II a classificação das CE: a) segundo padrão motor convulsivo, em convulsivas / não convulsivas; e b) segundo o esquema da Liga Internacional Contra Epilepsia ( ILAE, 1981). Os resultados significantes foram a descrição de auras epilépticas em 42,9%, sinais localizatórios em 36,6% e a descrição semiológica motora em 95,5%, neurovegetativa em 56,3%, psíquica em 32,1% e sensitivo-sensorial em 4,5%. Foram classificadas pela semiologia motora as CE convulsiva em 83% e não convulsiva em 17% . No esquema da ILAE obteve-se na amostra geral 12,5% de CE não classificadas, pela dicotomia foram classificadas as CE parciais em 59,9% e as generalizadas em 27,2 % . Um alto índice de aproveitamento das informações foi obtido com 87,5% de CE classificadas.Este resultado nos permite concluir ser possível classificar clinicamente e com segurança as crises epilépticas com base na descrição dos pais e ou responsáveis, utilizando-se protocolo padronizado.

ASSUNTO(S)

epilepsia crises epilépticas na criança classificação informações dos pais sintomatologia

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