Citoesqueleto e mecanotransdução na fisiopatologia da lesão pulmonar induzida por ventilador
AUTOR(ES)
Taniguchi, Leandro Utino, Caldini, Elia Garcia, Velasco, Irineu Tadeu, Negri, Elnara Márcia
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
A ventilação mecânica é uma terapia importante, mas pode resultar em complicações. Uma das mais relevantes é a lesão pulmonar induzida por ventilador. Devido à hiperdistensão alveolar, o pulmão inicia um processo inflamatório, com infiltrado neutrofílico, formação de membrana hialina, fibrogênese e prejuízo de troca gasosa. Nesse processo, a mecanotransdução da hiperdistensão celular é mediada através do citoesqueleto da célula e de suas interações com a matriz extracelular e com as células vizinhas, de modo que o estímulo mecânico da ventilação se traduz em sinalização bioquímica intracelular, desencadeando ativação endotelial, permeabilidade vascular pulmonar, quimiotaxia leucocitária, produção de citocinas e, possivelmente, lesão de órgãos à distância. Estudos clínicos demonstram essa relação entre distensão pulmonar e mortalidade em pacientes com lesão pulmonar induzida por ventilador. Entretanto, apesar de o citoesqueleto ter um papel fundamental na patogênese da lesão pulmonar induzida por ventilador, a literatura carece de estudos utilizando modelos in vivo sobre as alterações do citoesqueleto e de suas proteínas associadas durante esse processo patológico.
ASSUNTO(S)
respiração artificial citoesqueleto moléculas de adesão celular aderências focais mecanotransdução celular
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