Citoarquitetura do núcleo medial do corpo trapezoidal de três espécies neotropicais de morcegos (Noctilio leporinus, Phyllostomus hastatus e Carollia perspicillata) com diferentes comportamentos de forrageamento

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-12

RESUMO

Resumo O presente estudo foi realizado para testar a hipótese de que o núcleo medial do corpo trapezoide (MNTB) de morcegos neotropicais ecolocativos com comportamento forrageiro diferente apresenta variações morfológicas no tamanho relativo, grau de complexidade e distribuição espacial. Os cérebros foram coletados de seis morcegos machos adultos de cada espécie, Noctilio leporinus (comedor de peixe), Phyllostomus hastatus (carnívoro/onívoro) e Carollia perspicillata (comedor de frutas), e foram seccionados em série e seções seriais transversais duplas e coradas com cresil violeta. Os resultados mostraram que o MNTB é bem desenvolvido em todos os morcegos em geral e que o comprimento médio do MNTB foi de 1.160 ± 124 µm em N. leporinus, 400 ± 59 µm em P. hastatus e 320 ± 25 µm em C. perspicillata. O peso corporal e cerebral não reflete proporcionalmente o tamanho do MNTB no presente estudo. O espectro da frequência auditiva não covaria com o tamanho do MNTB entre os morcegos estudados. O MNTB é claramente demarcado do núcleo ventral do corpo trapezoidal (VNTB) apenas em P. hastatus. O MNTB compreendia principalmente três tipos de células nos três morcegos: células multipolares de coloração densa (12,5 µm e 25,0 µm de diâmetro), células multipolares de coloração clara (12,5 µm e 25,0 µm de diâmetro) e células redondas manchadas de luz (5,0 µm de diâmetro). O MNTB de grande porte foi observado em N. leporinus, o que sugere que ele depende muito da ecolocalização, enquanto P. hastatus e C. perspicillata também usam a ecolocalização, mas dependem da audição, olfato e visão.

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