Cistoscopia no diagnóstico e seguimento de esquistossomose urinária em militares brasileiros retornando de Moçambique, África

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-02

RESUMO

A avaliação de esquistossomose urinária em indivíduos procedentes de áreas endêmicas, freqüentemente requer recursos diagnósticos não usados nas áreas de exposição, para determinar as complicações ou estabelecer um critério de cura mais preciso. A cistoscopia e o exame de urina de 24 horas foram realizados, após tratamentos com praziquantel na dose de 40 mg/kg de peso, dose única, em 25 militares brasileiros que participaram de uma Missão de Paz pela ONU em Moçambique no ano de 1994. A idade média dos indivíduos foi de 29 anos e todos apresentavam exame parasitológico de urina positivo. As alterações detectadas pela cistoscopia foram hiperemia e granulomas na submucosa vesical em 59.1% dos indivíduos e somente granulomas em 40.9%. A biópsia vesical revelou granulomas em todos os pacientes e ovos viáveis em 77.3%, mesmo após um período durante o qual os pacientes não mais eliminavam ovos pela urina. Após o tratamento, a cistoscopia seguida por biópsia e avaliação histopatológica, realizada em áreas onde a evolução da doença pode ser monitorada melhor, demonstrou ser um critério mais seguro de cura parasitológica.

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