Cirurgia para o controle de danos: sua evolução durante os últimos 20 anos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-08

RESUMO

Em menos de vinte anos, o que começou como um conceito para o tratamento de pacientes com trauma grave do tronco e acentuada perda sanguínea tornou-se o modelo de tratamento primário para numerosos pacientes da emergência, com lesões que ameaçam à vida, incapazes de tolerar os tradicionais métodos cirúrgicos. Seus principais conceitos são de natureza simples: em primeiro lugar, adequada identificação do paciente que necessita deste modelo de tratamento; segundo, substituição do procedimento cirúrgico convencional para a operação mínima necessária; terceira, agressiva reanimação na unidade de cuidados intensivos; em quarto lugar, tratamento definitivo apenas quando o paciente estiver apto à suportá-lo. Estes princípios fundamentais podem ser empregados para uma variedade de situações de emergência, de sua aplicação original na associação de injúrias viscerais e vasculares complexas à sepse de origem abdominal e ao trauma ortopédico. Uma série de novas estratégias de reanimação e tecnologias têm sido desenvolvidas ao longo das duas últimas décadas, da hipotensão permissiva e controle de dano da reanimação à modernos ventiladores e agentes hemostáticos, que permitiram uma reanimação adequada a este modelo, com redução da morbidade. A combinação deste simples conceito com à melhor compreensão da reanimação, tem provado ser uma potente associação. Como tal, o que era considerado uma lesão quase fatal (lesão vascular e visceral combinadas) tem possibilitado a sobrevida de doentes.

ASSUNTO(S)

pacientes ferimentos e lesões terapêutica procedimentos cirúrgicos operatórios controle

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