Cirurgia para correção de exotropia intermitente: resultados em diferentes grupos etários

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

RESUMO Objetivo: Descrever os resultados em pacientes submetidos à correção cirúrgica de exotropia intermitente e comparar o sucesso motor e sensorial em relação à idade na cirurgia. Métodos: Estudo tipo coorte retrospectivo. Os resultados cirúrgicos de pacientes com exotropia intermitente foram avaliados em um período de 4 anos. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com a idade na primeira cirurgia (antes ou após os 4 anos de idade) e foram comparados quanto aos resultados motores e sensoriais. Results: 136 pacientes foram avaliados, 67 operados antes dos 4 anos e 51 operados após esta idade. A idade média na cirurgia foi de 6,8 ± 2,6 anos. A taxa de reoperação em pacientes operados antes dos 4 anos foi de 48% versus 42% naqueles operados mais tarde (p=0,93). A estereopsia pós-operatória mostrou uma associação linear inversa com a idade na cirurgia (p<0,001). Para cada mês mais jovem na idade da cirurgia, houve uma piora de 0,69 segundos de arco no teste de Titmus. Por outro lado, não foi encontrada correlação entre o alinhamento pós-operatório na primeira semana e o resultado sensorial na última visita, quando avaliamos separadamente os pacientes que se apresentaram com esotropia ou orto/exotropia na primeira semana pós-cirúrgica. Conclusão: Havendo critério para cirurgia, os pacientes com exotropia intermitente podem ser operados com segurança antes dos 4 anos de idade, e podem muitas vezes apresentar um melhor resultado motor do que os pacientes operados mais tarde. A estereopsia pós-operatória em crianças mais jovens foi pior, mais provavelmente por imaturidade ao realizar o teste do que por idade inadequada na cirurgia.

ASSUNTO(S)

exotropia/cirurgia músculos oculomotores/cirurgia procedimentos ci rúrgicos oftalmológicos fatores etários humanos criança

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