Cirurgia de pterígio por meio de transplante autólogo de conjuntiva: acompanhamento a longo prazo

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-08

RESUMO

OBJETIVO: Demonstrar a taxa de recorrência em cirurgia do pterígio com transplante autólogo de conjuntiva após um acompanhamento a longo prazo. MÉTODOS: Cento e doze pacientes operados de pterígio e transplante autólogo de conjuntiva, com mais de um ano de acompanhamento foram registrados. Os pacientes foram chamados para um exame voluntário de estado da superfície ocular. O estudo completo só foi possível em 44 pacientes. Sete deles tinha tido pterígio bilateral. (N=51). RESULTADOS: A média de acompanhamento a partir do momento da cirurgia até o exame foi de 49,06 meses. A sutura não-absorvível (nylon 10/0) foi usada em 29,45% dos casos, enquanto que a cola biológica de fibrina foi usada em 70,55%. A recidiva do pterígio foi detectada apenas em 6 casos (11,76%). As recidivas entre pacientes operados de pterígio primário e recorrente, e entre o uso de suturas ou cola de fibrina não foram significativos (p>0,05). Também não houve diferença significativa na recorrência com relação ao sexo. A idade média no grupo de recidiva foi de 40 anos e no grupo sem recidiva de 55 anos (p=0,01517). Todas essas recorrências ocorreram em pacientes de origem hispânica (América latina) (p=0,001506). CONCLUSÕES: A longo prazo da remoção cirúrgica de pterígio utilizando um transplante autólogo de conjuntiva, não há diferença estatisticamente significativa com o uso de sutura ou cola de fibrina. Também não há diferenças na recidiva, se o transplante autólogo de conjuntiva utilizado for em casos primários ou recorrentes de pterígio. O maior fator de risco para a recorrência parece estar entre os jovens e pacientes de etnia hispânica.

ASSUNTO(S)

piterigio transplante autólogo conjuntiva suturas adesivo tecidual de fibrina

Documentos Relacionados