Cirrose hepática e hemocromatose neonatal secundária associadas à tirosinemia tipo 1: relato de um caso e diagnóstico diferencial com hemocromatose primária hereditária
AUTOR(ES)
Martins, Ana Paula Camargo, Pospissil, Maria Carolina, Figueroa, Maria Cristina, Rincon, Paloma, Werner, Betina, Serapião, Maria José, Noronha, Lúcia de
FONTE
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-04
RESUMO
Uma paciente de 4 meses de idade foi encaminhada ao hospital por aumento de volume abdominal, cianose e febre há dois meses. Ao exame, apresentou hepatoesplenomegalia. Com os resultados laboratoriais constatou-se anemia hipocrômica microcítica, leucocitose, plaquetopenia e provas de função hepática alteradas. Levantou-se a hipótese de erros inatos do metabolismo. A paciente evoluiu desfavoravelmente e foi a óbito. À necropsia o fígado apresentou-se cirrótico e com grande depósito de ferro no parênquima. O diagnóstico anatomopatológico foi hemocromatose hereditária, no entanto os resultados laboratoriais confirmaram tirosinemia tipo 1. Tanto a hemocromatose primária quanto a tirosinemia evoluem com cirrose hepática, sendo que a segunda pode ocasionalmente levar ao depósito de ferro do tipo hemocromatose secundária, o que dificulta muito a diferenciação entre elas com bases puramente anatomopatológicas, acarretando, assim, um diagnóstico errôneo de hemocromatose hereditária. Esse diagnóstico diferencial muitas vezes só é possível com os achados de rastreamento de erros inatos do metabolismo.
ASSUNTO(S)
tirosinemia hemocromatose cirrose
Documentos Relacionados
- Tirosinemia hereditária tipo 1 tratada com NTBC
- Hemocromatose hereditária: relato de caso e revisão da literatura
- Alterações moleculares associadas à hemocromatose hereditária
- Cirrose hepática em jabuti (Geochelone carbonaria): relato de caso
- Mastopatia diabética: um inusitado diagnóstico diferencial: relato de caso