CircunstÃncias clÃnicas no seguimento de crianÃas nascidas com muito baixo peso e fatores associados à provisÃo de cuidados

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A elevaÃÃo da taxa de sobrevida das crianÃas com muito baixo peso ao nascer (CMBPN) tem exigido uma maior organizaÃÃo e articulaÃÃo dos diferentes nÃveis de assistÃncia à saÃde, identificaÃÃo dos bebÃs mais vulnerÃveis, detecÃÃo de circunstÃncias clÃnicas peculiares pelos profissionais de saÃde, e a aplicaÃÃo de diretrizes que assegurem a atenÃÃo em todas as oportunidades de contato com o sistema de saÃde local. No Nordeste brasileiro, especialmente em Alagoas, onde hà maior carÃncia de bases materiais que servem como indicadores de condiÃÃo social e elevada taxa de mortalidade infantil, sÃo necessÃrios estudos para averiguar como os prematuros sÃo acompanhados apÃs a alta hospitalar, devido ao maior risco de adoecer e morrer neste grupo de crianÃas. Os objetivos foram: verificar as prÃticas e orientaÃÃes prestadas Ãs mÃes na unidade neonatal, os recursos mÃnimos fornecidos nessa unidade para viabilizar o seguimento ambulatorial e a frequÃncia de realizaÃÃo de prÃticas de assistÃncia apÃs a alta hospitalar, alÃm de identificar os fatores associados a essa assistÃncia. Este à um estudo descritivo, com componente analÃtico, realizado com 53 crianÃas e suas respectivas mÃes. As mÃes foram entrevistadas no domicÃlio em relaÃÃo Ãs condiÃÃes socioeconÃmicas e demogrÃficas familiares e quanto à assistÃncia à saÃde de suas crianÃas. A atenÃÃo à saÃde foi avaliada com a elaboraÃÃo de um Ãndice de atenÃÃo à saÃde (IAS) utilizando 16 variÃveis relacionadas ao perfil da assistÃncia. Um pior IAS (≤ 7 pontos) foi observado em 17% das CMBPN. Verificou-se uma associaÃÃo significante de pior assistÃncia com mÃes pertencentes a estratos de renda familiar per capita e de escolaridade mais baixos, com menor nÃmero de consultas de prÃ-natal e maior nÃmero de filhos, que nÃo amamentavam na Ãpoca da entrevista, e entre as crianÃas com um maior tempo de permanÃncia na unidade neonatal. Conclui-se que o acompanhamento da saÃde das CMBPN foi considerado precÃrio, predispondo-as a uma maior vulnerabilidade e risco de morrer, o que deve ser considerado nas polÃticas de saÃde pÃblicas atuais. Hà a necessidade de uma maior incorporaÃÃo de conhecimentos especÃficos pelos profissionais de saÃde voltados para a assistÃncia dessas crianÃas, como tambÃm ampliar a disponibilidade de recursos para esse fim.

ASSUNTO(S)

follow-up of preterm infants growth. muito baixo peso ao nascer condiÃÃes socioeconÃmicas familiares pediatria preterm health care crescimento family socioeconomic conditions seguimento do prematuro very low birthweight atenÃÃo ao prematuro

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