Circunferência da cintura na predição de desfechos adversos da gestação relacionados à obesidade
AUTOR(ES)
Wendland, Eliana M. D. R., Duncan, Bruce Bartholow, Mengue, Sotero Serrate, Nucci, Luciana Bertoldi, Schmidt, Maria Inês
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
O objetivo deste estudo é avaliar as propriedades diagnósticas da circunferência da cintura na predição de desfechos adversos da gestação relacionados à obesidade. Gestantes com 20 ou mais anos de idade, foram arroladas consecutivamente, entre 20 e 28 semanas de gestação, em seis capitais do Brasil, entre 1991 e 1995. Peso, altura e circunferência da cintura foram aferidos e um teste de tolerância à glicose foi realizado. As pacientes foram acompanhadas até o parto através de revisão de prontuários. Propriedades diagnósticas para os diferentes desfechos, mensurados através da área sob a curva Receiver Operator Charactheristic (ROC), foram estimadas por regressão logística. Áreas (IC95%) sob as curvas ROC para a cintura foram 0,621 (0,589-0,652) para diabetes gestacional, 0,640 (0,588-0,692) para pré-eclâmpsia e 0,645 (0,617-0,673) para macrossomia. Estas áreas foram similares às encontradas para o IMC (p > 0,05). A cintura de 82cm apresentou máximas sensibilidade (63%) e especificidade (57%). Um ponto de corte de 23kg/m² para o IMC pré-gestacional e de 26kg/m² para o IMC no arrolamento produziu propriedades diagnósticas semelhantes. A medida da circunferência da cintura prediz complicações como diabete gestacional, pré-eclâmpsia e macrossomia fetal tão bem quanto o IMC.
ASSUNTO(S)
obesidade gravidez antropometria
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