Circulação extracorpórea em adultos no século XXI: ciência, arte ou empirismo?
AUTOR(ES)
Mota, André Lupp, Rodrigues, Alfredo José, Évora, Paulo Roberto Barbosa
FONTE
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-03
RESUMO
A presente revisão tem por objetivo ressaltar alguns aspectos pouco discutidos da circulação extracorpórea (CEC), levando-se em consideração fisiologia, fisiopatologia e algumas novas tecnologias de perfusão. Assim, alguns aspectos, até certo ponto filosóficos, motivaram a elaboração dessa revisão: a) Preservar e atualizar os conhecimentos do cirurgião sobre a CEC, pelo simples fato de manter a sua liderança pedagógica sobre a sua equipe; b) Questionar se pacientes idosos e diabéticos pelas suas características individuais, assim como adotado para crianças, talvez merecessem protocolos mais apropriados; c) Questionar a reação inflamatória sistêmica causada pela exposição do sangue à superfície não endotelizada do circuito de CEC diante da importância crescente do contato do sangue com a ferida cirúrgica; d) Em relação ao tratamento da síndrome vasoplégica, o azul de metileno continua sendo a melhor opção terapêutica, embora, muitas vezes não seja eficiente pela existência de uma "janela terapêutica" embasada na dinâmica da ação da guanilato ciclase (saturação e síntese "de novo") e; finalmente, e) Razão da escolha do título, ressaltando que, em seus moldes atuais, a CEC seria conseqüência do empirismo, arte, ou da ciência? A mensagem final vem com a convicção de que tanto o empirismo, a arte e a ciência são muito fortes em se tratando da CEC.
ASSUNTO(S)
circulação extracorpórea ponte cardiopulmonar procedimentos cirúrgicos cardíacos