Circuitos espaciais da soja, da laranja e do cacau no Brasil : uma nota sobre o papel da Cargill no uso corporativo do territorio brasileiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

No período atual, as grandes empresas fazem uso dos territórios de acordo com seus interesses e demandas e balizados pela mais-valia global Cada empresa, necessita de pontos e áreas que constituem a base territorial de sua existência, como dados da produção, da circulação e do consumo. Assim, o território aparece como um conjunto de pontos. O uso desses pontos do território nacional é submetido a uma lógica que, por intermédio de uma empresa global, acaba sendo uma lógica global. Procurando demonstrar essas assertivas, este trabalho busca compreender como se dá o uso corporativo do território brasileiro através de uma análise das ações da empresa Cargill nos Circuitos Espaciais Produtivos da soja, da laranja e do cacau e dos Círculos de Cooperação no Espaço decorrentes destes circuitos. Esta empresa estimula e utiliza os sistemas técnicos-científicos-informacionais do meio geográfico brasileiro de forma corporativa, chamando essas áreas agrícolas do território nacional a participem do processo de modernização atual, lugares onde o processo de globalização se territorializa, e por outro lado excluem grande parte da população brasileira das benesses proporcionadas pelo que é produzido nestes mesmos locais, conduzindo a uma fragmentação da nação. Palavras-chave: Uso do território, circuito espacial produtivo, círculos de cooperação, agronegócio, commodities, soja, laranja, cacau

ASSUNTO(S)

comercio exterior territorio nacional soja - transporte

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