Cinema e jornalismo: o jornalista no cinema brasileiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A representação do jornalista no cinema brasileiro constitui o objeto desta pesquisa. O recorte visa investigar a representação do jornalista nos filmes Boca de ouro (1962), de Nelson Pereira do Santos; O desafio (1965), de Paulo Cesar Saraceni; Brasil Ano 2000 (1969), de Walter Lima Júnior; Lúcio Flávio, O passageiro da agonia (1977), de Hector Babenco; Doces poderes (1996), de Lúcia Murat e Um céu de estrelas (1996), de Tata Amaral. No século passado, na década de 20, os americanos formataram os primeiros filmes em que a representação do jornalista aparecia com destaque. Na década de 50, os newspaper movies firmaram-se um novo gênero cinematográfico. No Brasil, o "filme de jornalista" destaca-se na década de 60, quando alguns cineastas do Cinema Novo empenham-se na representação das discussões nacionais e dirigem suas câmeras para o campo jornalístico. A análise da linguagem cinematográfica entrecruzada com o contexto sócio-histórico, sustenta a investigação, que se desenvolve em duas vertentes: a "objetividade jornalística" e a perda da hegemonia do jornalismo. Na primeira, investiga-se como a objetividade é representada pelos personagens-jornalistas; na segunda, observa-se a trajetória da nova divisão de poderes no âmbito da comunicação em face da emergênciade influentes campos, como a publicidade, o marketing e as relações públicas, e suas conseqüências para o espaço de opinião e autonomia ocupado pelo campo jornalístico. Os filmes analisados são da década de 60, 70 e 90

ASSUNTO(S)

ciencias sociais aplicadas jornalismo e cinema representacao do jornalista personagens-jornalistas linguagem cinematografica

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