Ciência nômade: o IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial
AUTOR(ES)
Ferreira, Lúcio Menezes
FONTE
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-06
RESUMO
Este artigo analisa as viagens científicas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) numa perspectiva pós-colonial, examinando-as como parte de um processo mais amplo de mundialização da ciência e de construção de representações históricas e geográficas no Brasil imperial. Inicialmente, mostra-se como, na Europa, o nacionalismo e o imperialismo respaldaram a epistemologia da história natural e das viagens científicas. Em seguida, evidencia-se como projetos colonialistas se articulam aos textos de história natural, arqueologia e etnografia do IHGB. Por fim, como todo discurso histórico tem em mira a crítica do presente, dialoga-se com a idéia colonialista de Brasil que se formulou durante o período imperial, enfatizando-se como ela, com efeito, não é um arquivo morto, mas permanece entre nós, internalizando nossas identidades sociais.
ASSUNTO(S)
colonialismo viagens científicas instituto histórico e geográfico brasileiro (ihgb) brasil imperial
Documentos Relacionados
- Viagens e ciência no Brasil
- Aprendência nômade: um estudo dos processos itinerantes da aprendizagem docente.
- 2. Os Atores da Ciência no Amazonas e as Instituições Científicas
- Ciência e tecnologia no Brasil Imperial Guilherme Schüch, Barão de Capanema (1824-1908)
- Expedições científicas, fotografia e intenção documentária: as viagens do Instituto Oswaldo Cruz (1911-1913)