Ciência Aberta na América Latina: duas perspectivas em disputa

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FONTE

Transinformação

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2019

RESUMO

Resumo O artigo pretende fomentar debates sobre o desenvolvimento da Ciência Aberta na América Latina. Para tanto, apresenta, na primeira seção, elementos para subsidiar uma análise de conjuntura sobre esse movimento internacional, buscando identificar, através de discursos e ações dos atores que estão conduzindo este debate, suas motivações e direções. Posteriormente, na segunda seção, serão apresentadas perspectivas latino-americanas a partir da experiência da rede de pesquisa Open and Collaborative Science in Development Network e de debates para elaboração da Declaração do Panamá sobre Ciência Aberta por ativistas e pesquisadores em novembro de 2018. As considerações finais indicam a existência de, pelo menos, duas perspectivas em disputa: a primeira fomenta uma visão utilitarista da ciência em termos de maior eficácia, produtividade e competitividade; a segunda se volta para temas como garantia de direitos, justiça cognitiva e justiça social. Esse debate dialoga estreitamente com o fenômeno do capitalismo acadêmico e com a transição das universidades de seu papel de agente de mudança social, a partir da produção do conhecimento como bem comum para um empreendimento orientado ao mercado e à ideia de eficiência.Abstract The article aims to foster consistent debates about Open Science development in Latin America. Thus, it presents, in the first section, elements to support a conjuncture analysis about this international movement, seeking to identify through discourses and actions of the agents who are conducting this debate, their motivations and directions. Subsequently, in the second section, this study presents Latin American perspectives from the experience of the Open and Collaborative Science Research Network in Development Network and the discussions on the elaboration of the Panama Declaration on Open Science by activists and researchers in November 2018. In the concluding remarks, indicates the existence of, at least, two Open Science perspectives in dispute. The first fosters a utilitarian view of science in terms of greater effectiveness, productivity and competitiveness while the second ones focuses on issues such as the guarantee of rights, cognitive justice and social justice. This debate dialogues closely with the phenomenon of academic capitalism and the transition of universities from knowledge production institutions for the common good to a market-oriented enterprise and the idea of efficiency.

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