Cidade, biopoder e população uma abordagem histórico-teórica acerca do urbanismo.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/05/2010

RESUMO

Esta dissertação busca problematizar a emergência do urbanismo enquanto campo disciplinar, enquanto saber-poder sobre o espaço citadino, através de uma análise fundamentalmente foucaultiana. Ela parte das análises do filósofo francês Michel Foucault acerca das condições de possibilidade para a emergência dos novos saberes e poderes da modernidade com o objetivo de situar a disciplina urbanística na rede de mecanismos que possibilitaram a consolidação da sociedade burguesa moderna. Acentua o importante papel da organização do espaço para o controle e a disciplinarização das populações, assim como para o desenvolvimento de novas formas de governamentalidade e de gestão da vida. Busca compreender as relações entre o surgimento de um novo personagem no jogo do poder (a população), o desenvolvimento de um tipo de poder que se encarregaria da majoração da vida (o biopoder) e a criação das condições de possibilidade para a emergência do novo saber-poder sobre o espaço citadino: o urbanismo. Para compreender em termos históricos tais construções, remonta à constituição da polícia e da medicina urbanas dos séculos XVII e XVIII na Europa (as formas ancestrais de intervenção e apoderamento do espaço das cidades). Por fim, discorre sobre as possibilidades de resistência, conflito, apropriação espontânea e transformação das cidades por suas populações.

ASSUNTO(S)

foucault regulamentação biopoder higienização governamentalidade polícia medicina urbana foucault discipline regulation biopower higenization governmentality police urban medicine disciplina arquitetura e urbanismo

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