Ciclo reprodutivo da ostra do mangue, Crassostrea rhizophorae (Bivalvia: Ostreidae) cultivada em uma zona de macromarés de alta salinidade na costa de manguezais da Amazônia do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Amaz.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

RESUMO Este estudo teve como objetivo estabelecer o ciclo reprodutivo da ostra do mangue, Crassostrea rhizophorae cultivada no estuário de macromarés do Rio Paciência, Maranhão, na costa nordeste do Brasil, e suas relações com fatores ambientais. As ostras foram coletadas mensalmente ao longo de 2013 para análise histológica da proporção sexual, desenvolvimento gonadal e índice de condição. A proporção sexual foi de 1:1,39 (M:F) e apenas 5 espécimes apresentaram hermafroditismo. A maturação foi contínua ao longo do ano e ostras maduras (estágio IIIA) e em desova (estágio IIIB) estiveram presentes em praticamente todos os meses. A baixa variação de temperatura parece ser o principal fator para a continuidade da gametogênese. Entretanto, além da temperatura, a relação entre precipitação, salinidade e produtividade primária afetou o estímulo e o tempo dos eventos reprodutivos. A estação chuvosa, com baixos valores de salinidade e altos valores de clorofila a e matéria orgânica particulada, pareceu ser o principal período reprodutivo, com liberação de gametas e produção e maturação de novas coortes de gametas em curto prazo. Nos trópicos, onde a maturação e liberação de gametas parecem ser contínuas e concomitantes, o índice de condição não se apresenta como o melhor método para avaliar os picos de acúmulo de reserva e desenvolvimento gonadal.

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