Ciclo biogeoquímico da ureia nos sistemas aquáticos das bacias hidrográficas do Pindaré e Turiaçu, várzea pré-Amazônica, Baixada Maranhense, Brasil
AUTOR(ES)
Mitamura, Osamu, Nakamoto, Nobutada, Ibañez, Maria do Socorro Rodrigues, Cavalcante, Paulo Roberto Saraiva, Costa Neto, José Policarpo, Barbieri, Ricardo
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/09/2012
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é ampliar o conhecimento do ciclo da ureia em ecossistemas de água doce. A taxa de sua degradação em relação às atividades dos microorganismos foi medida nas águas turvas dos rios Pindaré e Turiaçu localizados na várzea pré-Amazônica, Baixada Maranhense, Brasil; MÉTODOS: Os sistemas aquáticos dos rios Pindaré e Turiaçu têm períodos diferentes de chuva e seca. A investigação foi realizada no meio do período chuvoso, e as atividades de campo foram feitas ao longo dos extensos corpos d'água compreendendo águas de médio a baixo cursos. A taxa de degradação nas águas superficiais nas respectivas estações de ambos os sistemas foi determinada com a técnica de simulação in situ usando 14C- ureia. As taxas fotossintéticas foram determinadas pela técnica de radio carbono simultaneamente com medidas experimentais de degradação; RESULTADOS: As taxas de degradação (somatório da incorporação de carbono na matéria particulada e liberação de CO2 na água) foram 2,0 mg de ureia C m-3 dia-1 nas águas do Pindaré e 17,1 mg ureia C m-3 dia-1 nas do Turiaçu. Os valores no claro foram naturalmente maiores que os obtidos no escuro, e as taxas de degradação no Turiaçu foram muito mais elevadas que as do Pindaré. A maior parte da degradação ocorreu durante a fase de liberação de CO2. As taxas de degradação específica de ureia da clorofila a foram calculadas com valor médio de 0,13 e 0,83 mg ureia C mg chl.a-1 dia-1 nas águas de ambos os rios. As taxas de degradação de ureia carbono para a assimilação fotossintética de carbono em ambas as águas foram em média 1,2 e 4,2%, respectivamente. O tempo de residência desse composto orgânico na superfície da água foi entre 2,3 a 4,5 dias no Pindaré e 0,21 a 0,50 dias no Turiaçu. Tempos de residência muito mais curtos foram achados nas águas do Turiaçu devido à elevada taxa de degradação; CONCLUSÃO: O coeficiente de correlação entre a taxa de degradação da ureia e a clorofila a ou a taxa fotossintética foi calculada como um valor estatisticamente significativo nas águas do Turiaçu. Isto indica que no sistema Turiaçu a taxa de degradação desse nutriente foi proporcional à quantidade de fitoplâncton e sua taxa fotossintética. Foi observada uma sólida relação entre a taxa de incorporação de ureia carbono e a taxa de fotossíntese nas garrafas no claro, indicando que a incorporação de carbono no fitoplâncton está relacionada com a taxa fotossintética. O breve tempo de residência indica que a ureia estava sendo rapidamente reciclada na zona eufótica dos sistemas investigados no período chuvoso.
ASSUNTO(S)
degradação da ureia fitoplâncton várzea pré-amazônica
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