Ciclagem de nutrientes em coberturas florestais no sul do Espírito Santo / Nutrient cycling in forest cover in the south the Espírito Santo

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/05/2011

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a dinâmica de nutrientes e sua relação com o aporte, decomposição e mineralização da serapilheira nas coberturas florestais de floresta secundária, Sapindus saponaria, Acacia mangium e Hevea brasiliensis na região sul do estado do Espírito Santo. A deposição da serapilheira foi quantificada instalando 3 coletores (50 x 50 cm), em cada cobertura florestal. O material interceptado pelos coletores foi mensalmente coletado durante o período de janeiro a outubro de 2010. Para a quantificação do acúmulo de serapilheira no solo foi utilizado um gabarito de 0,33 x 0,33 m nos meses de novembro/2009, março/2010, junho/2010 e novembro/2010. Tanto no estudo de deposição de serapilheira como no de acúmulo, as amostras de serapilheira coletadas foram levadas para laboratório onde foram secas em estufa e pesadas, sendo em seguida determinados os teores e estoques de Ca, Mg, P e K. A decomposição da serapilheira foi quantificada através de litter bags coletados em cada cobertura florestal. O material remanescente em cada litter bags foi coletado em diferentes períodos de tempo onde foram pesados para obtenção da matéria seca. Para a avaliação da atividade microbiana, procedeu-se a quantificação do CO2 (C mineralizável). Os resultados experimentais mostraram que as coberturas florestais se comportaram de forma diferenciada quanto à deposição e acúmulo de serapilheira, com destaques para a Acacia mangium que, na época seca, proporcionou maior deposição de serapilheira total e para a seringueira, que dentre as coberturas florestais, foi a que apresentou desempenho inferior tanto para a deposição quanto para o acúmulo de serapilheira. Dentre os nutrientes avaliados na serapilheira depositada e acumulada, o teor de fósforo não variou entre as coberturas florestais, o mesmo ocorrendo para o teor de potássio na fração folhas e de magnésio na fração não-folhas da serapilheira depositada. O acúmulo de nutrientes foi mais influenciado pela produção de serapilheira do que pelos teores de nutrientes na serapilheira. A Acacia mangium, juntamente com a floresta secundária, apresentaram, de maneira geral, valores superiores e a seringueira, os menores valores. Quanto à decomposição, os resultados experimentais mostraram que as coberturas florestais se comportaram de forma diferenciada quanto à decomposição e atividade microbiana, com destaques para a Sapindus saponaria que, apresentou maior velocidade de decomposição de serapilheira total e para a seringueira, que dentre as coberturas florestais, foi a que apresentou velocidade de decomposição inferior em relação às outras coberturas. O conteúdo de nutrientes liberados na decomposição da serapilheira apresentou comportamento decrescente ao decorrer dos dias. A cobertura de Sapindus saponaria, apresentou para as duas profundidades, quantidades acumuladas de CO2 superiores em relação às outras coberturas florestais. A cobertura de Acacia mangium apresentou os menores valores de CO2 acumulado. Para este estudo, dentre os parâmetros avaliados, o acúmulo de nutrientes e a produção de serapilheira acumulada e ix depositada mostraram-se como importantes indicadores para avaliação de ciclagem de nutrientes em coberturas florestais

ASSUNTO(S)

florestamento e reflorestamento decomposição carbono mineralizável decomposition litter production mineralizable carbon produção de serapilheira

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