Chuva de sementes em uma região ecotonal entre Cerrado e Caatinga no Piauí, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência Florestal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo A investigação da chuva de sementes pode fornecer informações úteis sobre a distribuição espacial, densidade e riqueza das espécies. O objetivo deste trabalho foi amostrar a chuva de sementes em Capões com presença e ausência de Copernicia prunifera (Carnaúba), caracterizar as sementes quanto à síndrome de dispersão e forma de vida, explorar a relação entre os totais pluviométricos mensais com a densidade e número de espécies da chuva de sementes e a estacionalidade na deposição de sementes. O estudo foi realizado em 20 Capões, sendo 10 com presença e 10 com ausência de Carnaúba. Cada Capão recebeu três coletores com área de 0,50 m2. Foram coletados 1.666 diásporos (55,5 sementes/m2) pertencentes a 17 famílias e 32 espécies. Houve relação negativa entre pluviosidade e número de sementes (r = -0,73 e p<0,05) e, entre pluviosidade e número de espécies da chuva de sementes (r = -0,78 e p<0,01). Houve aumento no número de espécies da chuva de sementes com o aumento de sementes da chuva de sementes (r = 0,74 e p< 0,001). Foram levantadas 908 sementes zoocóricas distribuídas em 12 espécies, anemocoria 502 sementes e 12 espécies e autocórica 256 sementes e sete espécies. As espécies arbóreas tiveram 895 sementes distribuídas em 12 espécies, os arbustos 574 sementes e 10 espécies, as Lianas 133 sementes e sete espécies e palmeiras com 61 sementes e duas espécies. As síndromes de dispersão anemocórica e zoocórica foram predominantes no período seco e zoocoria em todos os meses. Foi observada diferença na composição de espécies da chuva de sementes entre os Capões com presença e ausência de Carnaúba. A distância entre os Capões não influenciou na composição da chuva de sementes (Mantel r = -0,11e p = 0,74). Não houve relação entre áreas dos Capões com o número de sementes da chuva de sementes (R2 = 0,013 e p = 0,95).

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