Células-tronco mesenquimais e plasma rico em plaquetas em cardiomiopatia dilatada não isquêmica induzida com doxorrubicina em coelhos Nova Zelândia

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

A insuficiência cardíaca é a doença crônica com maior impacto na sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Apesar do constante desenvolvimento de novas estratégias de tratamento, esta doença continua atingindo altos índices de mortalidade. O coração adulto tem capacidade de regeneração limitada e há grande evidência experimental de que os transplantes de células-tronco poderiam ser uma abordagem eficiente na recuperação do miocárdio lesado. Contudo, a maioria dos estudos são realizados em cardiomiopatias isquêmicas, existindo poucos estudos na cardiomiopatia dilatada (CMD). Em função disto, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a regeneração do miocárdio em coelhos com CMD induzida pela doxorrubicina, por meio do uso de células-tronco mesenquimais (MSC) obtidas de tecido adiposo, associadas ou não com plasma rico em plaquetas (PRP). Foram utilizadas 40 coelhas, Nova Zelândia, e um coelho macho doador das MSCs derivadas do tecido adiposo. As coelhas foram divididas em dois grupos: CMD induzida pela doxorrubicina e o grupo saudável. Cada grupo foi subdividido conforme o tratamento recebido: solução fisiológica, MCSs, PRP e MSCs associadas ao PRP. Os subgrupos receberam o tratamento por injeção diretamente no miocárdio no ventrículo esquerdo mediante toracoscopia vídeo assistida. Os coelhos foram avaliados por exames de ecocardiograma, eletrocardiograma, troponina I, no dia da chegada, após a indução da CMD e 15 dias após o recebimento das terapias. Nesta última avaliação, foi realizada a eutanásia e coletado o coração para análise histológica. Foi observado que após a indução, a troponina I se elevou, o segmento QRS visto no eletrocardiograma, aumentou e, no ecocardiograma, as frações de ejeção (FE) e encurtamento (FS) diminuíram e o diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (VEs) aumentou, em todos os animais avaliados. Após os tratamentos, o subgrupo MSCs obtiveram os melhores resultados em todas as análises citadas. Houve menor elevação da troponina I, o segmento QRS diminuiu, as FS e FE aumentaram e o VEs diminuiu. No exame histopatógico, analisado pela coloração de hematoxicilina-eosina, constatou-se que o subgrupo MSCs apresentou menos lesões, e nos subgrupos MSCs associadas com PRP, solução fisiológica e PRP as lesões aumentaram gradualmente, respectivamente. Os resultados sugerem que o uso das MSCs melhoraram a função cardíaca em coelhos com cardiomiopatia dilatada e que há necessidade de mais estudos no uso de PRP no miocárdio.

ASSUNTO(S)

cardiology coelhos : cirurgia veterinaria cardiomiopatia dilatada cell therapy eletrocardiograma troponin i terapia celular echocardiography electrocardiogram scaffold

Documentos Relacionados