Células-tronco de pluripotência induzida: papel da epigenética na reprogramação e sua aplicabilidade clínica
AUTOR(ES)
Gomes, Kátia Maria Sampaio, Costa, Ismael Cabral, Santos, Jeniffer Farias dos, Dourado, Paulo Magno Martins, Forni, Maria Fernanda, Ferreira, Julio Cesar Batista
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-02
RESUMO
Resumo As células-tronco de pluripotência induzida (CTPI) ou do inglês induced pluripotent stem cells (iPSCs) são células somáticas reprogramadas para o estado embrionário por meio da expressão de fatores ectópicos de transcrição específicos, tornando-as um alvo promissor para a medicina regenerativa. Apesar das CTPI compartilharem características embrionárias, como pluripotência e capacidade de autorrenovação, elas possuem uma baixa eficiência de reprogramação, sendo a memória epigenética uma das principais barreiras nesse processo. A epigenética é caracterizada por alterações reversíveis e herdáveis no genoma funcional que não alteram a sequência de nucleotídeos do DNA. Dentre as diferentes modificações epigenéticas, destacam-se metilação de DNA, alterações em histonas e microRNA. Atualmente, sabe-se que o processo de reprogramação efetivo das CTPI envolve um completo remodelamento da memória epigenética somática existente, seguido pelo estabelecimento de uma "assinatura epigenética" que esteja de acordo com o novo tipo de célula a ser diferenciada. Modificações epigenéticas personalizadas são capazes de melhorar o rendimento e a efetividade das CTPI geradas, abrindo uma nova perspectiva para a terapia celular. Nesta revisão reunimos as principais informações sobre os fatores epigenéticos que afetam a reprogramação das CTPI, bem como seus benefícios na aplicação da terapia celular.
ASSUNTO(S)
células-tronco de pluripotência induzida medicina regenerativa reprogramação celular epigenética histonas microrna