Células progenitoras endoteliais de sangue de cordão umbilical humano : purificação, expansão e diferenciação

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução: a terapia celular está sendo vista como novo potencial terapêutico para melhora no prognóstico de pacientes com problemas cardíacos. O uso de células- tronco para tratar doenças crônico-degenerativas tem gerado grande interesse nos últimos anos. Estratégias terapêuticas promissoras são baseadas no conceito de que as células progenitoras endoteliais (CPEs) podem diferenciar-se em células endoteliais (CEs). O transplante de CPEs, CD133+, expandidas e diferenciadas, é uma fonte promissora para a revascularização de tecidos isquêmicos. Objetivos: estabelecer metodologias para a purificação, caracterização, expansão e diferenciação de CPEs isoladas do sangue de cordão umbilical humano (SCUH). Métodos: Foram selecionadas positivamente células CD133+ do SCUH por meio de micropérolas imunomagnéticas acopladas ao anticorpo anti CD133 e cultivadas em Meio Dulbecco modificado por Iscove (IMDM) na presença de soro bovino fetal e dos fatores de crescimento: b-FGF, IGF-I e VEGF, em diferentes concentrações. A melhor concentração de cada fator foi escolhida de acordo com testes de proliferação celular, nos quais foi utilizada a timidina tritiada. As células foram caracterizadas de acordo com seus marcadores de superfície, por citometria de fluxo, ao final do isolamento das células mononucleares, da purificação e da diferenciação das CPEs. Foi avaliada por RT-PCR a expressão do mRNA de VEGF das CPEs purificadas e diferenciadas e a funcionalidade dessas células por meio de ensaios de formação de túbulos capilares. Resultados: as CPEs purificadas mostraram-se positivas para os marcadores CD133, CD34, CD105 (marcadores de CPEs), CD31 e fator von Willebrand (marcadores de CEs); e apresentaram baixas porcentagens para os marcadores CD45 e CD14 (marcadores das linhagens hematopoética e monocítica). As células diferenciadas perderam os marcadores de CPEs e aumentaram a expressão do vWF. Foi observada a presença de transcritos no mRNA de VEGF apenas nas CPEs diferenciadas e somente essas células se mostraram capazes de formar túbulos capilares in vitro. Ao final de 60 dias de cultivo, as células foram expandidas em até 70 vezes e mostraram-se funcionalmente ativas, expressando marcadores de CEs. Conclusão: comprovou-se que as CPEs podem ser isoladas do SCUH, expandidas e diferenciadas ex vivo em CEs funcionais abrindo perspectiva para seu uso futuro em aplicações terapêuticas.

ASSUNTO(S)

diferenciação celular células-tronco medicina cordão umbilical células endoteliais

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