CELL THERAPY IN REFRACTORY ANGINA (REACT) INVOLVED STEM CELLS AUTOLOGOUS BONE MARROW IN PATIENTS WITHOUT LEFT VENTRICULAR DYSFUNCTION:A POSSIBLE ROLE OF MONOCYTES / Terapia celular na angina refratária(ReACT) envolvendo células tronco autólogas de medula óssea em pacientes sem disfunção ventricular esquerda: um possível papel dos monócitos.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Introdução A terapia celular envolvendo o transplante de células tronco autólogas de medula óssea surgiu como uma opção terapêutica viável para o tratamento de pacientes com angina refratária. Estudos conduzidos até o momento obtiveram resultados controversos de reperfusão miocárdica. O presente estudo avaliou a segurança e eficácia do Protocolo de Terapia Celular para Angina Refratária (ReACT), no qual uma formulação de células tronco autólogas de medula óssea foi administrada como único tratamento para estes pacientes. Métodos Este estudo clínico fase I/IIa, aberto, não controlado, envolveu 8 pacientes com angina refratária e presença de viabilidade miocárdica, sem disfunção ventricular esquerda, os quais não eram candidatos às técnicas de revascularização miocárdica convencionais. ReACT consistiu em um procedimento operatório envolvendo uma única série de múltiplas injeções intramiocárdicas (40-90 injeções, 0,2 ml por punção), realizadas nas areas isquêmicas reversíveis do ventrículo esquerdo. Os desfechos primários foram a melhora na classificação de angina, segundo a Classificação de Angina da Sociedade Cardiovascular Canadense (CCSAC), ao final de 18 meses de seguimento pós-infusão, e a redução objetiva da area miocárdica isquêmica (avaliada por cintilografia miocárdica) após 12 meses; em correlação com a formulação de células tronco injetadas. Resultados Praticamente todos pacientes apresentaram melhora progressiva na classificação de angina, a qual iniciou-se aos 3 meses de seguimento (p=0,008) e manteve-se sustentada até 18 meses de pós-operatório (p=0,004); assim como redução objetiva da area miocárdica isquêmica aos 12 meses (diminuição de 84,4% da area isquêmica, p<0,004). Evidenciou-se também uma correlação significativamente positiva entre a concentração de monócitos no preparado celular injetado e melhora da CCSAC (r = -0,759, p <0,05). Conclusão A melhora na Classificação de Angina da Sociedade Cardiovascular Canadense (CCSAC), concordante à redução cintilográfica da area miocárdica isquêmica sugere neoangiogênese como o principal mecanismo de ação da terapia celular deste protocolo. A correlação positiva significativa entre a concentração de monócitos e melhora clínica suporta fortemente um efeito celular do ReACT. ReACT pareceu ser seguro e eficaz.

ASSUNTO(S)

angina refratária terapia celular estudo clínico células tronco de medula óssea injeção intramiocárdica. cirurgia cardiovascular refractory angina cell therapy clinical study bone marrow stem cells intramocardial injection.

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