Cateterismo intervencionista na estenose valvar pulmonar crítica do recém-nascido e na atresia pulmonar com septo interventricular íntegro: 13 anos de experiência de um serviço terciário

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A abordagem percutânea é opção de escolha em neonatos portadores de estenose pulmonar crítica (EP) e atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (APSI). Neste trabalho são descritos casos tratados consecutivamente em centro de referência e seu seguimento a médio prazo. MÉTODOS: A maioria dos pacientes recebeu infusão endovenosa de prostaglandina pré-procedimento, independentemente da necessidade hemodinâmica. Na abordagem da APSI, foi utilizada guia de ponta rígida e, mais recentemente, valvotomia com cateter de radiofrequência. Na maioria dos casos, foi realizada dilatação sequencial com balão até atingir 110% a 120% do diâmetro do anel valvar pulmonar. RESULTADOS: Entre 1998 e 2011, 17 neonatos com APSI (idade mediana de 5 dias, peso de 3,1 + 0,6 kg) e 30 neonatos com EP (idade mediana de 12 dias, peso médio de 3 + 1,4 kg) foram tratados em um serviço terciário. Na APSI, 14 pacientes foram abordados com guia rígida, com sucesso de 71,4%, e 3 com radiofrequência, com sucesso de 100%. Na EP, o sucesso foi alcançado em todos os casos. O óbito hospitalar foi de 23,5% no grupo com APSI e de 3,3% no grupo com EP, nenhum relacionado ao procedimento percutâneo. Na evolução a médio prazo, a taxa de reintervenção por reestenose foi de 21,4% no grupo com APSI e de 10% no grupo com EP. CONCLUSÕES: A valvoplastia pulmonar na EP e na APSI apresenta resultados clínicos e hemodinâmicos aceitáveis, desde que se observem características anatômicas favoráveis e se mantenha a patência do fluxo pulmonar até o procedimento. A morbidade e a mortalidade dos portadores de EP crítica são mais baixas que as de portadores de APSI.

ASSUNTO(S)

cateterismo estenose da valva pulmonar atresia pulmonar recém-nascido

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