Casos alóctones de leishmaniose visceral canina no Paraná, Brasil: implicações epidemiológicas

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-09

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo pesquisar a ocorrência de leishmaniose visceral em cães com sinais clínicos compatíveis, procedentes de clínicas veterinárias das diferentes regiões do Estado do Paraná e em caso positivo verificar a autoctonia dos mesmos. Dos animais com suspeita clínica e epidemiológica de LV, foi coletada amostra de sangue para realização de hemograma, provas bioquímicas, sorologia, cultura do parasito, PCR e RAPD. Os cães portadores de quadro clínico, como febre, hiperqueratose, onicogrifose e emagrecimento exagerado, tiveram gânglio poplíteo e/ou medula óssea puncionados e o conteúdo inoculado em meio de cultivo NNN. A extração de DNA do parasito em sangue e cultura foi realizada pelo método fenol/clorofórmio. A amplificação de DNA do protozoário foi feita por PCR e RAPD. Dos 24 animais analisados, o parasito foi isolado em 19 cães. As técnicas moleculares permitiram identificar 14 isolados como L. (Leihmania) infantum e cinco como L. (Viannia) braziliensis. A análise epidemiológica dos casos permitiu determinar o local de transmissão e definir que todos os cães com LV diagnosticados eram casos alóctones, ou seja eram importados de regiões endêmicas. Sugere-se que a migração dos cães de regiões endêmicas para regiões indenes poderá permitir a instalação de novos focos, desde que o agente encontre ecótopo adequado e vetor específico (Lutzomyia longipalpis).

ASSUNTO(S)

leishmaniose visceral leishmania infantum cães casos alóctones epidemiologia

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