Cartas e diários de mulheres: uma função memorialística?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Estud. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-09

RESUMO

RESUMO Cartas e diários íntimos são peças de arquivos privados, ou mesmo documentos da intimidade. Que valor as mulheres atribuem a seus diários e correspondências? Elas se empenham em sua conservação, atribuindo a esses papéis alguma função memorialística? Pretendemos focalizar três mulheres que muito se devotaram à escrita, a exemplo de homens célebres com quem elas conviveram: Juliette Drouet (1806-1883), companheira de Victor Hugo durante 50 anos, endereçou 22.000 cartas ao famoso escritor; Catherine Pozzi (1882-1934), mulher letrada, epistológrafa e cultora do diário, viveu com o poeta Paul Valéry uma relação amorosa e intelectual, cujos traços ficaram profundamente gravados na obra de ambos; Simone de Beauvoir (1908-1986), intelectual renomada, parceira de Sartre, também se dedicou à epistolografia e à escrita de diários. O que nos dizem esses três casos acerca do eventual interesse feminino em relação ao arquivamento de si, ao cuidado na conservação desses escritos pessoais e às suas modalidades de uso?

ASSUNTO(S)

diário correspondência juliette drouet catherine pozzi simone de beauvoir

Documentos Relacionados