Carta ao Editor - Viscosuplementação - Rezende MU, Campos GC. Rev Bras Ortop 2012;47(2):160-164

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Resumo Objetivo O procedimento de Bristow aberto é um método há muito estabelecido e eficaz no tratamento da instabilidade anterior do ombro. Seguindo as tendências das cirurgias minimamente invasivas, essa cirurgia foi realizada por artroscopia, e seus resultados foram avaliados. Métodos Foram avaliados 43 ombros de pacientes submetidos ao procedimento de Bristow por artroscopia, com o enxerto em posição horizontal e uso de um parafuso, com pelo menos dois anos de seguimento pós-cirúrgico, por meio de escores qualidade de vida, índice de reluxação e perda de rotação lateral. Resultados A média de seguimento foi de 76 meses (variando de 129 a 24 meses), e o escore da University of California at Los Angeles (UCLA) variou de 25,56 ± 0,50 (desvio padrão [DP] = 3,25) para 33,23 ± 0,44 (DP = 2,91) (p < 0,0001). A média para o escore de Rowe com 2 anos ou mais de cirurgia foi de 94,25 ± 1,52(DP = 1,34), sendo que o padrão de bons resultados é de 75 pontos (p < 0,0001). A média do teste simples de ombro foi de 11,35 ± 0,21 (DP = 1,34), e, para perda de rotação lateral, foi de 10,37º ± 1,36º (DP = 8,58º). Não houve reluxações. Entre os 43 pacientes operados, ocorreram um total de 12 complicações, das quais 8 não apresentaram qualquer repercussão clínica. As complicações com repercussão clínica foram uma infecção de possível origem hematogênica seis meses após a cirurgia, uma fratura do coracoide que fez com que o paciente precisasse mudar o procedimento no intraoperatório, e dois pacientes com impacto anterior, que necessitaram de retirada de material de síntese mais de seis meses após a cirurgia. Conclusão O procedimento de Bristow artroscópico mostrou eficácia no tratamento da instabilidade anterior do ombro, embora não seja livre de complicações.

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