Carta ao editor sobre o artigo: Fixação intramedular flexível para fraturas diafisárias dos ossos do antebraço em crianças
AUTOR(ES)
Gallardo-Molina, Nicolas
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
Resumo A síndrome compartimental crônica é uma condição comum e frequentemente subdiagnosticada, induzida pelo exercício, que corresponde em média a um quarto dos casos de dor crônica na perna relacionada ao exercício, e que perde em frequência apenas para o espectro fratura/reação ao estresse tibial. Tradicionalmente ocorre em jovens atletas corredores, embora estudos mais recentes tenham demonstrado uma prevalência considerável em praticantes de atividade física de baixo rendimento, mesmo em pacientes de meia-idade ou idosos. A lista de diagnósticos diferenciais é extensa, e por vezes é difícil fazer a distinção apenas pelos dados clínicos, sendo necessários exames subsidiários. Classicamente, o diagnóstico é feito pelo quadro clínico, pela exclusão dos diferenciais, e pela medida pressórica intracompartimental. Embora a manometria por agulha seja considerada o padrão-ouro no diagnóstico, seu uso não é universalmente aceito, visto que existem algumas limitações importantes, além da disponibilidade restrita do equipamento com agulha no Brasil. Recentemente, novos protocolos de manometria têm sido propostos a fim suplantar a deficiência dos tradicionais, com algum deles inclusive recomendando o uso sistemático da ressonância magnética (RM) na exclusão dos diagnósticos diferenciais. O uso de sequências de RM sensíveis a líquido pós-esforço é uma ótima opção não invasiva à manometria por agulha no diagnóstico da síndrome compartimental crônica, uma vez que o aumento da intensidade de sinal pós-exercício é estatisticamente relevante quando comparados os valores pressóricos de manometria em pacientes com a síndrome e assintomáticos; portanto, o exame pode ser usado no critério diagnóstico. O tratamento definitivo é a fasciotomia, embora existam alternativas menos eficazes.
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