Carrapatos do gênero amblyomma (acari: ixodidae) e suas relações com os hospedeiros em área endêmica para febre maculosa no Estado de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

Foram avaliadas 7 espécies da mastofauna e 36 da avifauna quanto à prevalência e intensidade de infestação por carrapatos na ESALQ/USP, no Município de Piracicaba, SP. Analisaram-se 52 indivíduos da mastofauna e 158 da avifauna, parasitados por 12418 carrapatos. Os exemplares adultos (N= 7343) foram encontrados em parasitismo nas capivaras enquanto que os imaturos foram, na maioria, coletados de pequenos mamíferos e aves. Os principais hospedeiros para as formas imaturas, em ordem decrescente, foram gambás (69,1%), capivaras (24,4%) e urubus (3,7%). Entre a avifauna, o urubu apresentou o maior número de carrapatos com 69,9%, seguido por indivíduos das famílias Thamnophilidae e Turdidae. Os carrapatos adultos encontrados em capivaras foram A. cajennense (80,8%) e A. dubitatum (19,2%). Ambas as espécies foram também coletadas em gambás, correspondendo a 72,4% e 27,6%, respectivamente. Pela facilidade de captura e atratividade de Amblyomma spp. o gambá pode ser usado como bioindicador de infestação em locais endêmicos para febre maculosa. Considerando os índices de parasitismo e prevalência bem como de abundância de carrapatos, susceptibilidade dos hospedeiros, proliferação e susceptibilidade para infecção por R. rickettsi, capivaras e gambás são potenciais hospedeiros amplificadores desse microrganismo no Campus da ESALQ, enquanto eqüídeos, urubus e gatos atuam como hospedeiros secundários.

ASSUNTO(S)

amblyomma spp. mamíferos aves reservatórios bioindicadores

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