Cárie precoce na infância: prevalência e fatores de risco em pré-escolares, aos 48 meses, na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de cárie precoce na infância em crianças de nível sócio-econômico baixo da grande João Pessoa, Paraíba, Brasil, aos 48 meses de idade, pertencentes a uma coorte. Foram analisados os hábitos alimentares, higiene, exposição ao flúor e presença de defeitos de esmalte. Examinaram-se 224 crianças em domicílio, sob luz natural, utilizando-se a técnica joelho-a-joelho. Cada dente foi limpo com gaze estéril, sendo registrados cárie (OMS) e defeitos de esmalte (DDE Index). Durante o exame foi aplicado um questionário para obtenção de dados sobre dieta, higiene, uso de flúor e presença de amamentação natural e/ou artificial. Para análise estatística, utilizou-se o programa SAS com teste não paramétrico Mantel-Haenszel. Observou-se que 10,7% e 33,0% da amostra apresentaram cárie precoce e cárie severa, respectivamente. Dentre as crianças examinadas, 79,9% tinham ao menos um dente com defeito de esmalte, sendo este o único fator estatisticamente significante (p < 0,001) associado à etiologia da cárie precoce na infância. Sabendo da associação significativa entre cárie precoce e defeitos do esmalte, pode-se concluir que alterações superficiais no esmalte podem facilitar a propagação da doença.

ASSUNTO(S)

saúde bucal cárie dentária hipoplasia do esmalte dentário

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