CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DOS SOROTIPOS DE ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B POR REAÇÃO MULTIPLEX PCR
AUTOR(ES)
Andrade, Paula Durante, Russo, Joice de Souza, Gouveia, Jéssica Baliero, Costa, Cláudia Raquel Cantarelli, Oliveira, Ketti Gleyzer, Gianetti, Michelli, Anjos, Emanuel Borges Vítor, Pavan, Tycha Bianca Sabaini, Martins, Mariana Furquim Da Silva, Franco, Josiele, Costa, Maria Laura, Nomura, Marcelo Luís, Levy, Carlos Emílio, Passini Júnior, Renato, Costa, Sandra Cecilia Botelho
FONTE
MedicalExpress (São Paulo, online)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
OBJETIVO: Os sorotipos (Ia, Ib e II ao IX) do estreptococo do grupo B (GBS) são classificados baseado nas variações em seus polissacarídeos capsulares; sua prevalência difere entre diferentes áreas geográficas. Nós examinamos a prevalência de todos os sorotipos do estreptococo do grupo B em amostras de swabs vaginal e retal obtidas de 363 mulheres seguidas em um centro de referência brasileiro, o Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti; a susceptibilidade bacteriana a antibióticos foi também determinada. MÉTODO A prevalência de estreptococo do grupo B positivo foi avaliada por aglutinação em látex e através de análise por multiplex PCR; susceptibilidade bacteriana a antibióticos, tais como clindamicina, eritromicina, levofloxacin, linezolide, penicilina e tetraciclina foi determinada pelo método de disco difusão. RESULTADOS: (a) Tanto a cultura padrão para estreptococo do grupo B quanto a análise por multiplex PCR testaram positivos para 83 swabs. A prevalência para colonização por GBS foi 20%. O sorotipo Ia foi o mais prevalente (n= 43/83; 52%), seguido pelo sorotipo V (n= 14/83; 17%); De acordo com a origem anatômica, o sorotipo Ia positivou 27/59 (46%) e 16/24 (67%) das amostras vaginais e retais, respectivamente; o teste de PCR também identificou os sorotipos Ib, II, III, VI. O sorotipo VI é raramente descrito e não reportado no Brasil ou na América Latina até esta data. (b) O teste de aglutinação em látex somente identificou 44 amostras positivas, todas das quais foram sorotipadas: 34 destas amostras (77%) tiveram os sorotipos coincidindo com aqueles identificados pela multiplex PCR. (c) Somente uma amostra (sorotipo Ia) mostrou resistência a eritromicina e clindamicina. CONCLUSÃO: Estudos regionais sobre a prevalência dos sorotipos do estreptococo do grupo B são essenciais para guiar medidas imunoprofiláticas (vacinas) e a implementação de adequada antibiótico profilaxia. Neste estudo, a incidência do sorotipo VI foi descrita pela primeira vez na população Brasileira, um novo e raro sorotipo do estreptococo do grupo B.
ASSUNTO(S)
polissacarídeos capsulares estreptococos do grupo b sorotipagem molecular multiplex pcr streptococcus agalactiae sorotipo vi
Documentos Relacionados
- Determinação de sorotipos capsulares de Streptococcus pneumoniae por Multiplex-PCR sequencial
- Identificação de sequencias como iniciadores ("primers") especificos para a caracterização em cultura dos sorotipos A e B de Cryptococcus neoformans pela reação em cadeia da polimerase (PCR)
- Diferenciação de sorotipos de Actinobacillus pleuropneumoniae pela combinação de dois PCR multiplex
- CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Rhodococcus equi DE POTROS PELA PCR MULTIPLEX DOS GENES DA FAMÍLIA VAP
- Prevalência de colonização por estreptococos do grupo B em gestantes atendidas em maternidade pública da região Nordeste do Brasil