Caracterização mineralógica de argilas usadas na indústria de cerâmica estrutural no oeste do estado de S. Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cerâmica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-12

RESUMO

A plasticidade e a granulometria da massa cerâmica são dois parâmetros importantes para o processo de produção de tijolos e telhas. Estes dois parâmetros e a composição mineralógica definirão a qualidade e propriedades (cor, resistência mecânica, absorção de água, trincas, mudanças nas dimensões durante a secagem e queima, etc.) do produto final. Na indústria cerâmica brasileira é comum misturar dois ou mais tipos de "barro" para se obter a massa cerâmica com a granulometria e plasticidade desejada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a matéria prima coletada nas várzeas dos rios Paraná e Paranapanema e a massa cerâmica usada pela indústria cerâmica do oeste do Estado de São Paulo. Difratometria de raios X, análise textural, limite de plasticidade e concentração de matéria orgânica foram usadas para caracterizar as amostras. A análise textural mostra que a fração argila variou de 38,2 a 66,3 %, a fração silte de 22,2 a 49,7 % e a fração areia de 3,1 a 34,1 %. A concentração de matéria orgânica varia de 5 a 7 %. Os resultados de difração de raios X mostram que todas as amostras possuem caulinita e muitas delas tem argilas do grupo das esmectitas, argilas interestratificadas e mica. Gibsita, óxidos de ferro e de titânio e quartzo são também identificados. Uma amostra usada para "pintar" potes é rica em goetita. Os resultados indicam que as massas cerâmicas tem alta concentração de argila na sua composição e devem ser misturadas com argila "magra". Caulinita é a fase majoritária em todas as amostras, dando uma boa plasticidade para a produção de tijolos e telhas por extrusão.

ASSUNTO(S)

cerâmica vermelha cerâmica estrutural tijolos mineralogia argila

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