CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA E ALÉLICA DO GLUTATIONA S-TRANSFERASE CLASSE , ENZIMA DO METABOLISMO DE XENOBIÓTICOS / Characterization Genotypic and Allelics of the Glutationa S-Transferase Class , Enzyme of the Metabolism of Xenobiotic

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O gene de GSTM1, localizado no cromossomo 1p13.3, codifica enzimas citosólicas GST-mu. GSTs (EC 2.5.1.18) constituem uma família de enzimas multifuncionais, diméricas, envolvidas na fase 2 do metabolismo de drogas e carcenógenos, responsáveis pela biotransformação de xenobióticos e desintoxicação. A química fundamental catalisada pela GST envolve o peptídeo GSH (g-glutamil-citeinil-glicina), que realiza a ligação do tripeptídeo com os compostos tóxicos, facilitando a conjugação da região eletrofílica de várias substâncias hidrofóbicas, tornando-as hidrossolúveis e facilitando a eliminação. Existem evidências de que homozigoto nulo (GSTM1 * O/O) tenha o risco relativo aumentado no desenvolvimento de patologias malignas. Os caucasóides registram maior freqüência do alelo nulo. Há porém uma variação geográfica e étnica em relação à presença ou ausência (alelo nulo) dos alelos de GSTM1, que pode influenciar a eficiência ou interpretações de estudos epidemiológicos. Este fato revela a necessidade de se conhecerem as freqüências alélicas e genotípicas desse sistema enzimático, sendo estes dados escassos para a população de Porto Velho/RO, região endêmica para malária. Caracterizar essas freqüências do sistema GSTM1, para a população da cidade de Porto Velho é questão fundamental na interpretação de dados nas intervenções de controle de endemias. Metodologia: As amostras foram genotipadas via PCR seguindo protocolo já descrito por Fryer e cols ( Biochem J. 295:313-315, 1993). ressaltando-se que as digestões com Hae II foram reveladas em PAGE a 8%. Foram analisados 554 e 146 cromossomos de indivíduos das vilas de Candelária e Batestaca, bairros de Porto Velho com características ribeirinhas. Resultado e Discussão: As freqüências genotípicas estimadas para o genótipo nulo foram 0,14 e 0,18 em Candelária e Batestaca, respectivamente. O χ2 da distribuição total foi 2.50, p = 0.1142, para Candelária, e χ2 = 13.63, p = 0.0002, para Batestaca. A significância observada em Batestaca pode ser devida ao pequeno tamanho amostral. Na associação entre fenótipos de GSTM1 e infecção por Plasmodium de malária (assintomática, sintomática e não infecção), na vila Candelária, observamos que o alelo *B apresentou maior freqüência em todos os fenótipos (infecção sintomática, assintomática e sem infecção), nas duas infecções mais freqüentes da região (facípara e vivax, 0,45-0,62, respectivamente). O genótipo *A /*B foi o segundo mais freqüente, também em todos os fenótipos, sendo igual a 0.27 e 0.15 (assintomáticos falciparum e vivax), 0.26 e 0.27 para os sintomáticos falciparum e vivax. A freqüência do genótipo nulo foi maior (0,20) nos sintomáticos para malária falcípara.

ASSUNTO(S)

alélica biologia geral genotypic xenobiotic xenobióticos genotípica allelics

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