CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE PITANGA (Eugenia uniflora L.) / PHYSICOCHEMICAL CHARACTERIZATION AND ANTIOXIDANT CAPACITY OF PITANGA (Eugenia uniflora L.)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Devido à escassa quantidade de trabalhos sobre a composição físico-química de frutos de pitanga (Eugenia uniflora L.), este estudo teve como objetivo a caracterização de pitangas do Rio Grande do Sul (Brasil) através da determinação da composição e capacidade antioxidante da polpa e das sementes de pitanga. Foram analisadas pitangas de diferentes colorações de polpa (roxa, vermelha e laranja) de seleções que estão sendo cultivadas na Embrapa Clima Temperado (RS-Brasil). Os parâmetros de qualidade das pitangas (pH, brix e acidez) ficaram dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira para polpas congeladas. Foram observadas apenas pequenas diferenças nestes parâmetros, na composição centesimal e de ácidos graxos entre as frutas com diferentes colorações de polpa. As pitangas de cor laranja apresentaram maior conteúdo de carotenóides que as de cor vermelha. Os extratos de pitangas roxas apresentaram o maior conteúdo de fenólicos totais e de antocianinas, bem como, a maior capacidade antioxidante. A capacidade antioxidante (valores de DPPH e FRAP) dos extratos metanólicos de pitanga apresentou alta correlação com o conteúdo de fenólicos totais, mas nos extratos etanólicos o conteúdo de antocianinas correlacionou-se apenas com a capacidade antioxidante avaliada pelo método de FRAP. Os resultados indicam que as pitangas cultivadas no Rio Grande do Sul, especialmente as de cor roxa, podem ser consideradas fontes de compostos bioativos. As sementes de pitanga apresentaram também capacidade antioxidante, que foi parcialmente correlacionada com o alto teor de fenólicos, apresentando variação de acordo com a coloração das pitangas. Assim, sugere-se que este resíduo de baixo valor do processamento da pitanga, poderia ser usado como uma fonte natural de antioxidantes. Não foram encontradas diferenças relevantes na composição de sementes de pitanga de diferentes colorações. Os resultados revelaram que a pitanga é uma boa fonte de fibra dietética, que poderia ser explorada para uso na nutrição animal e/ou humana. No entanto, mais estudos são necessários para determinar se a presença de algum fator antinutricional como glicosídios cianogênicos poderia limitar esta aplicação.

ASSUNTO(S)

ácidos graxos insaturados licopeno pitanga β seed ciencia e tecnologia de alimentos -criptoxantina β semente unsatured fatty acids pitanga -cryptoxanthine β -caroteno β lycopene -carotene

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