Caracterização dos polimorfismos genéticos e dos níveis plasmáticos da lectina ligante de manose em indivíduos infectados pelo HIV-1
AUTOR(ES)
Vallinoto, Antonio Carlos Rosário, Freitas, Felipe Bonfim, Guirelli, Isabella, Machado, Luiz Fernando Almeida, Azevedo, Vânia Nakauth, Cayres-Vallinoto, Izaura, Ishak, Marluísa Oliveira Guimarães, Ishak, Ricardo
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-02
RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente estudo investigou a associação entre o polimorfismo no gene da lectina ligante de manose (MBL) e os níveis séricos da proteína com a infecção pelo HIV-1. MÉTODOS: As amostras de sangue (5mL) foram coletadas de 97 indivíduos infectados pelo HIV-1 residentes em Belém, Estado do Pará, Brasil, que frequentavam a Unidade de Referência Especial para Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE). Os níveis de linfócitos T CD4+ e da carga viral plasmática foram quantificados. Um fragmento de 349pb do exon 1 da MBL foi amplificado via PCR, utilizando DNA genômico extraído das amostras controles e dos indivíduos portadores do HIV-1, seguindo protocolos previamente estabelecidos. O nível plasmático de MBL nos pacientes foi quantificado usando kit de ensaio imunoenzimático. RESULTADOS: Dois alelos foram observados - MBL*O, com uma frequência de 26,3% em indivíduos infectados e o alelo selvagem MBL*A (73,7%). Frequências similares foram observadas no grupo controle (p > 0,05). As frequências genotípicas estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg em ambos os grupos. A média dos níveis plasmáticos MBL variou por genótipo, com diferenças significativas entre os genótipos AA e AO (p < 0,0001), e AA e OO (p < 0,001), mas não entre AO e OO (p=0,17). Além disso, os linfócitos T CD4+ e os níveis plasmáticos de carga viral não diferiram significativamente de acordo com o genótipo (p>0,05). CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo não apoiam a hipótese de que o polimorfismo no gene MBL ou baixa concentração plasmática de MBL poderia ter uma influência direta sobre a infecção pelo HIV-1, embora um estudo com número maior de pacientes seja necessário.
ASSUNTO(S)
hiv-1 polimorfísmos no gene mbl região amazônica
Documentos Relacionados
- Caracterização molecular do vírus da hepatite c em indivíduos co-infectados com HIV-1
- Estudo dos polimorfismos da lectina ligadora da manose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
- Quantificação do HIV-1 RNA viral no sangue de agulhas usadas para punção venosa em indivíduos infectados pelo HIV
- Características sociodemográficas e epidemiológicas associadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) em indivíduos expostos ao HIV-1 mas não infectados e em pacientes infectados pelo HIV-1, provenientes da população da região Sul do Brasil
- O papel dos polimorfismos do gene da proteína de ligação à manose em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana